quinta-feira, 31 de julho de 2008

NOVOS ADÁGIOS

“Em terra de cego, quem tem um olho vê televisão”

“Nunca diga desta Coca-cola não beberei”

“Melhor o câmbio flutuante do que ele na mão”

“Aonde se ganha o pão não se come o hambúrguer”

“Boca é pra falar e ouvidos é para o IPOD”

quarta-feira, 30 de julho de 2008

UM ABOIO

A MPB hoje se transformou em MFB (Música Frutífera Brasileira). O gosto libidinoso do “Chupa que é de uva”, a cadeira ardente do “Senta que é menta”, o velocímetro do “Creu” acionado pelo rebolado da mulher-melancia, moranginho, jaca e a mulher de todos os gostos no melhor estilo “sou de tutti-frutti”. Diz um adágio popular que uma maçã podre compromete todo o pomar, em tempos de frutos tão podres fica uma pergunta no ar: onde estão os frutos bons? O pomar da MPB (hoje MFB) tem frutas excelentes pena que só as frutas podres se tornaram vendável.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

DIÁLOGOS CORDELESCOS

ODE A SANTANA - CÂNTICO UM

Nos jardins Jaguaribano
No sertão do Seridó
Essa santa é popular
Nos terreiros de Pai Santo
Todos tocam no seu manto
Querendo se abençoar.

Quando chega o mês de julho
Eu não paro de louvar
Minha Santa Avó bendita
Padroeira e Santíssima
Que está nesse altar.

Nas veredas causticantes
No aboio de um vaqueiro
Que não pára de rezar
Sinto a glória em cada casa
E a fé batendo asa
Sob a procissão a cantar.

Quando chega o mês de julho
Eu não paro de louvar
Minha Santa Avó bendita
Padroeira e Santíssima
Que está nesse altar.

domingo, 27 de julho de 2008

Um dedo de prosa dentro da poesia

TIPOGRAFIA - 1


Almas, ao contrário do que se pensam, também são feitas de
tintas e papéis
Têm o cheiro tóxico das máquinas de Gutenberg
E o tateio onírico das mãos sujas de um tipógrafo

Almas são folheáveis, avolumam-se em periódicos,
Revistas, jornais amarelados
Livros e panfletos quadrados
À procura de olhos famintos e sucintos;
Antropófagos de almas.
Almas folheáveis que só encontram sentido
ao serem devoradas.
Saciando também o próprio sentido
do tipógrafo; esse fazedor de almas.