sexta-feira, 15 de maio de 2009

UM DEDO DE PROSA DENTRO DA POESIA

SONETO DESAFIANDO PARA MIRELLA – N° 1


Numa noite sudorípara, teu olhar me deflagrou
Deixou-me desnorteado como um cão sem dono
Como um rei que sem querer perde o trono
E como um santo ao saber que pecou.

Na sua frente meu poema se curvou
E eu que era vários, tornei-me mono
O meu amor que andava com sono
Naquela noite sudorípara, acordou!

Tornei-me algo além da minha vontade
Meu ser transcendeu a noite e o som
E minha vida que só tinha um tom

Recebeu naquela hora outra musicalidade
Se antes de tudo isso me sentia inteiro
Hoje, feliz, quero ser sua metade.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O BAÚ DO ABOIADOR

Essa microscópica canção foi cantada pela primeira numa peça teatral de minha autoria, cujo nome já nem lembro mais. O grupo teatral “Concretzar” encenou tal peça em alguns eventos e escolas do município de Jaguaruana:

“PANE ET LYRICUS”
Letra e música: Moacir Morran

-Refrão
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra viver mais um pouco
Pão e poesia pra viver mais um pouco.

Mundo faminto, gente sem arte
A paz está morta e viva o desastre!
Minhas mãos estão tão vazias
Mas ainda tenho uma carta
Nossa arte em sangria
Num mundo-esparta!(*)

-Refrão
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra viver mais um pouco
Pão e poesia pra viver mais um pouco.

A arte na rua, a rua na arte
O povo mandando como um baluarte
O mundo vivendo essa emoção
E tudo é mais bonito
Quando há união(*)

-Refrão
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra viver mais um pouco
Pão e poesia pra viver mais um pouco.



(*) Incluídas recentemente na canção, pois só existia o refrão!

UM ABOIO JAGUARUANENSE

ARTE JAGUARUANENSE JÁ!


A arte não é somente como alguns pensam um entretenimento supérfluo para o desenvolvimento de nossa terra. Quem acredita nesse pressuposto, certamente, está à margem da realidade. Primeiramente a arte não se reduz ao entretenimento, sua definição e contorno estão além de nossa concepção de mundo. Por exemplo, a rede de dormir simboliza a manifestação artística entranhada no imaginário popular e nem por isso a tecelagem é um meio de diversão, pelo contrário é um artifício bastante trabalhoso. Que o diga o tecelão! Ninguém poderá nunca dizer que a rede de dormir não é arte. Arte é ação humana; movimento onírico de se manifestar suas vontades, ainda que o conceito seja reducionista. Mas é nesse sentido que a arte deve ser vista como ação e reação subjetiva e metafísica, mas tão sólida quanto à pedra que se toca.
A arte jaguaruanense sempre fora banida das diretrizes governamentais. Nossos prefeitos torciam o nariz quando o assunto era arte. Hoje posso afirmar categoricamente: “como eram burros nossas autoridades!”. No mundo todo, a arte é tratada como um ingrediente imprescindível para um desenvolvimento com qualidade de vida. Não é questão de “pane et circus” no sentido romano desse termo, mas de pão e arte na formação humana de qualquer cidadão do mundo. Jaguaruana vive ad eternum uma escuridão medieval sobre as artes, nossos artistas são discriminados, humilhados e postergados o direito de se manifestar. E é por isso que quando olhamos a cidade, percebemo-la triste, cabisbaixa e doente. Há um atraso que se perdura sem razão de ser. Minha Jaguaruana suplica e os seus gritos são abafados pela mentira.
Torço mais uma vez – como um brasileiro que não perde a esperança nunca – para que o novo administrador cesse o período medieval da cidade e dê a chance para os artistas fazerem novamente essa cidade sorrir se é que algum dia ela já sorriu!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Um Dedo de Prosa dentro da Poesia

Tenho pena de Seu Cid
Que se diz governador
Discursa que nem doutor
Lá de cima de um abside
Bote o pudor no cabide!
Deixe a preguiça de lado
E Viaje por todo o Estado
Pra ver essa situação
Saia dessa enrolação!
Ajude o desabrigado!

Esqueça um pouco do luxo
Das benesses e regalias
Ajudando as famílias
Ao menos encher o buxo
Essas vítimas do fluxo
Merecem todo o respeito
Seu Cid não seja estreito
Miserável e pão-duro!
Pois seja um homem seguro
Fazendo o que é direito!

terça-feira, 5 de maio de 2009

UM ABOIO REVOLTADO

Cid Gomes e Autoridades (In) Competentes,

Posso afirmar que Vossa Excelência tem ao seu redor um exército de lambe-botas, pessoas xulas e estúpidas que não têm noções da calamidade que o nosso Estado se encontra. Eu quero crer que seja isso, não acredito que Vossa Excelência seja o verdadeiro estúpido! Queria que Vossa Senhoria levantasse esse traseiro, fugisse do luxo do poder, e embrenhasse no Estado do Ceará (eu não sei nem se Vossa Excelência conhece). Sou natural de Jaguaruana, aonde já tem até a última hora mais de 1.500 família desabrigada e o Senhor - num estado de burrice extrema e/ou mais assessorado - envia ao meu munícipio 200 cestas básicas. Ora, tenha paciência, um palavrão e um cotoco pra Vossa Excelência e para seus assessores é mínimo. Meus conterrâneos sofrem nas suas mãos e sobrevivem da bondade de outros conterrâneos mais afortunados. Se Vossa Excelência anda meio desinformado, poderia deixar a preguiça de lado e pelo menos ir ao computador, eu tenho uns link's que vão deixá-lo mais atualizado:
http://www.radiouniaofm.com/
Se a preguiça for maior, mande um lambe-botas seu. Mas se tiver coragem venha aqui e encare minha gente como um homem! e ajudando verdadeiramente, sem esmolas e piegas. Vossa Senhoria deve isso ao meu povo, agora se for para aparecer com 200 cestas básicas nem venha! Porque a capaz do povo jogar tudo na sua cara. Tenho dito!