sábado, 31 de julho de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - XI

Mas o passado, ó leitor
Ninguém pode se esquecer
Se ficar no esquecimento
Ele pode aparecer
Como uma repetição
Coitada de Conceição
Viu seu mundo perecer.
_____________________________
E começou acontecer
Na semana do natal
O seu pai lhe procurando
Com um desejo infernal
De matar a Conceição
E toda a sua geração
Perfurando de punhal.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - X

Parindo sua geração
Como quem planta semente
Tivera sete crianças
Nascidos naturalmente
E por ser mãe tão exemplar
Nunca foi de maltratar
E nem ser intransigente.
_______________________
Sua família era decente
Alicerçada no amor
As lembranças de criança
Daquele tempo de dor
Já nem tinha mais na mente
O passado deprimente
Os clamores de horror.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - XI

Pouco tempo se casou
Com um homem tão bondoso
Um rapaz trabalhador
Tão viril e cuidadoso
E sua vida tão tristonha
Foi tornando-se risonha
Algo mais que fabuloso.
_______________________
O caminho doloroso
Que marcara a Conceição
Aquele passado torto
Que amargou seu coração
Foi curado pelo amor
E o seu traço só de dor
Tornou-se recordação.

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - VIII

Conceição já tão sofrida
Só sonhava em ver o fim
De matar aquela angústia
De uma sina tão ruim
Mas tudo isso se acabou
Quando o seu olhar esbarrou
Com os olhos de Joaquim.
_________________________
Ela se tornou um jasmim
Quando o amor lhe seqüestrou
Seu Joaquim naquele instante
O coração lhe entregou
Querendo ser mais que amigo
Resolveu lhe dar abrigo
E com ela namorou.

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - VII

Andejou pra se acabar
Nos caminhos do sertão
A mercê de qualquer sorte
Passando por precisão
Vivia da caridade
E do pouco da bondade
Dos que tinham coração.
_________________________
Pra aumentar a judiação
Que flagela a pobre vida
Conceição tava buxuda
Mas a filha foi perdida
A coitada nasceu morta
E aquela a sua vida torta
Já não tinha mais saída.

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - VI

Diante de imensa agrura
Resolveu fugir de casa
Afastar-se da família
Voando com a própria asa
Igualmente um caboré
Foi morar no cabaré
Vivendo na noite rasa.
_____________________________________
Mas a dor como uma brasa
Não parava de queimar
Ana Conceição da Luz
Mesmo fora do seu lar
Apanhava de cliente
Tratada como indigente
Pelo povo do lugar.

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - V

Imaginem a cachola
Dessa pobre pequenina
Que sofrendo igual Jesus
E desejava outra sina
De viver na santa paz
Deixando o que for pra trás
Uma vida mais divina.
__________________________
Não lhe deram disciplina
Só lhe deram amargura
E tão assim que Conceição
Foi tornando-se mais dura
Revoltada e rancorosa
Que aquela menina-rosa
Já não tinha mais candura.

sábado, 24 de julho de 2010

ABOIO DE ADEUS

Ao ler o que foi publicado no sítio da Rádio União FM acerca dos motivos que levaram o Inspetor Marcão pedir a sua saída, acendeu-me uma fagulha de reflexão. Alguns sábios dizem que a arrogância é o maior câncer que o ser humano pode contrair, quando este pensa ser superior aos outrem. Com base no que foi noticiado, o augusto Inspetor está correto nas suas atitudes. A administração pública antes de adotar uma política draconiana de resolver suas atribuições, deveria ouvir as pessoas e, sobretudo consultá-las em certos momentos.
A insatisfação popular dos jaguaruanenses contra saída abrupta do Inspetor Marcão é clara desarmonia do poder público com os anseios democráticos. O Inspetor Marcão, talvez, seria a única unanimidade dentro da sociedade civil e política de Jaguaruana. Administração Pública acertou quando o trouxera para Jaguaruana e agora erra copiosamente ao deixá-lo sair de uma forma vergonhosa. Atraso de salário?! Onde estamos?! Será que o nosso atraso político já chegou a esse nível? É inacreditável!
A gente tem avisado insistentemente ao Administrador Público para renovar a sua assessoria, a sua equipe de trabalho e o seu conceito administrativo, agora deu no que deu. Perdemos um profissional, contudo nós jaguaruanenses esperamos não perder o amigo que se vai. Saiba que mesmo a administração pública não lhe der o devido respeito, o nosso povo sempre te receberá de braços abertos. Não guarde mágoa. Os filósofos gregos dizem que a maior resposta aos desmandos dos ignorantes é o seu traço pessoal amparado na honestidade e na decência.
Nesse momento de despedida, torço com todas as minhas forças para que um dia nossa administração pública amadureça e não venha cometer atos tão pueris quanto este.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

DIALOGOS CORDELESCOS

O mundo de hoje do jeito que vai
Não sei mensurar qual será seu destino
Ao ver a nação destruindo sem tino
O filho de sangue matando o seu pai
A droga que chega e muamba que sai
Governo que pensa somente em roubar
A lei do machado na mata a cortar
A nossa justiça que fica calada
A vida humana será dizimada
Cantando galope na beira do mar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um dedo de prosa dentro da poesia!

SONETO AOS ANTROPÓFAGOS INCULTOS
Na proa de minha nau vai uma carranca
Para espantar os antropófagos incultos
Esses espíritos dissolutos na névoa branca
Que buscam me rebaixar com seus insultos
Não temo esses fantasmas ocultos
Decrépitos, amargurados e cheios de pelanca
Entre eles a minha arte miúda alavanca
Sem estardalhaços, escândalos e tumultos
Como o sol que desfila no céu sertanejo
Como a moça que no silêncio ardente
Sacia cada migalha de um desejo
Na marcha compassada e lentamente
Como mestre que dentro de um ensejo
Faz nascer a poesia no tempo presente.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - IV
Já seu pai tinha outra sina
Era malandro e ladrão
Que deflorou a própria filha
E não tinha coração
Com fama de matador
Espalhou tanto pavor
Por todo aquele rincão.
_________________________________________
Não lhe dava educação
Nem pisava numa escola
Quando tinha tempo vago
Conceição pedia esmola
Parecia não ter nome
E passava tanta fome
Viciando-se na cola.

terça-feira, 20 de julho de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - III

Desconhecendo até amor
De Josefa, a genitora
Coitada de Conceição
Era muito sofredora
Porque todo santo dia
A Josefa lhe batia
Ainda era exploradora.
__________________________
Pois como uma ditadora
Maltratava a tal menina
Obrigando-a cozinhar
E fazer toda faxina
Enquanto ia para o bordel
Pra dançar e tomar mel
Dá dinheiro a cafetina.

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - II

E assim começa jornada
De Ana Conceição da Luz
Filha de José Morais
Com Josefa de Jesus
Nascida no Seridó
No sertão de Caicó
Sentindo o peso da cruz.
_______________________________________
Esse fato em que me pus
A contar para o leitor
Não tem nada de mentira
É verdade, sim senhor!
Acredite se quiser
O que viveu essa mulher
Foi uma vida só de dor.

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A HISTÓRIA REAL DA MULHER-CAVALO - I

Era uma menina pobre
Que nasceu no meu sertão
Criou-se por esse mundo
Sem carinho, zelo e atenção
Conhecendo a crueldade
Dentro duma sociedade
Propulsora da opressão.
______________________________
Amargando a solidão
De ter sido desprezada
Por seus pais e pelo mundo
Por ninguém quis ser criada
Decidiu ganhar o mundo
Como um pobre vagabundo
Que procura uma morada.

sábado, 17 de julho de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

VOMITANDO ZÉ LIMEIRA
Quem quer me seguir que não siga meu rastro
Sou sombra sem corpo no canto isolado
Fazendo o que certo num tempo que é errado
Bebendo do cálice do leite de astro
Meu verso quebrado não tem nenhum lastro
Poeta de nuvem num solo estelar
Colhendo cometas no chão Gibraltar
Sou parte sertão, sou metade marina
Sou dentro, de fora, sou voz nordestina
Tocando oboé no sertão milenar.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

VOMITANDO ZÉ LIMEIRA
Galáxia leitosa que não dá um coalho
Cantiga de grilo no oiteiro da casa
Folia de reis na saleta da N.A.S.A
Sou Zé, sou Limeira, sou Lima, Carvalho
Sou Silva, Ribeiro, sou réstia de alho
A luz do luzeiro no lustre a sonhar
Metade do rio que ninguém quer nadar
Que nada a lacuna no tempo e no espaço
Sou feito de barro, peçonha e embaraço
Cantando oboé no sertão milenar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um dedo de prosa dentro da poesia!




TOM ZÉ - HINO MONOSSILÁBICO


..................................................................................................... to tó TOM


......................................................................................................... to tó TO


t...........................................................................................................to tó T


ta .......................................................................................................... to tó


ta t ..........................................................................................................to t


ta tá ...........................................................................................................to


ta tá tã ........................................................................................................t


ta tá tão .............................................................................................ti til tio


t ...........................................................................................................ti til ti


te ...........................................................................................................ti til t


te t ...........................................................................................................ti til


te té ..........................................................................................................ti ti


te té t .........................................................................................................ti t


te té te .........................................................................................................ti


te té tez .........................................................................................................t


za za


zi zi


zo zo


zu zu


ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ


ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ


ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ ZÉ

quarta-feira, 14 de julho de 2010

DIVINA COMÉDIA URBANA

Ó cidade-vênus
O que se esconde no teu púbis?
Ó cidade-apolo
Aposto que anda tomando anabolizantes.
Ó cidade-zeus
Reduza o barulho desses trovões
Ó cidade-deus
Quais são os teus Santuários?
Ó cidade-orixá
Aonde é que está baixando?
Ó cidade-atéia
Não esqueça de rezar por seus deuses.

ABOIO DE ALEGRIA

Não posso absconder a alegria de ter sido contemplado no Prêmio Literário para Autores Cearenses 2010, organizada e promovida pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, especialmente ao ser agraciado com o Prêmio Alberto Porfírio de Literatura de Cordel. A cultura popular, universo em que o cordel está inserido, tem sido uma filosofia de vida que adotei e tenho a defendido com unhas e dentes nos meios culturais que freqüento. O agraciamento do referido prêmio é a coroação de um trabalho que desempenho há muito tempos. Mas não pensem vocês que esse reconhecimento me aumenta a vaidade, pelo contrário é um incentivo para que eu possa me embrenhar num trabalho árduo em prol da cultura popular. Rever projetos engavetados e outros que estão flutuando por dentro da minha cabeça.
Agora o melhor de tudo isso é que o fato em questão é uma vitória, ainda que miúda, sobre os antropófagos incultos de Jaguaruana. A arte sobrepujando a ignorância política e cultural. Um feixe de luz nas trevas medievais que pairam sobre a minha cidade, os antropófagos incultos terão que suportar um negro pobre e filho da terra carregando o candeeiro das letras pelas ruas, alimentando o seu povo com a arte popular. Talvez os crápulas se perguntem: Como deixamos acontecer isso? O ódio apodrecerá as carnes de cada um antropófago inculto e eles buscaram esconder-se sob o véu da hipocrisia. Mas para mim tanto faz, eu os receberei com educação (coisa que eles não têm) e os deixarei a vontade. Afinal, minha alegria realmente é vê-los assim trôpegos, com o meu reconhecimento. Isso será a minha grande vingança! (Risos)

EJACULAÇÃO PRECOCE - HAICAIS


Menino pequeno
um pequenino por lei
Mas grande serei

EJACULAÇÃO PRECOCE - HAICAIS


Um tal de sujeito
E com o tal predicado
Vivem aninhado!

EJACULAÇÃO PRECOCE - HAICAIS


Nada a declarar!
Mesmo falando palavras
Que língua engraçada!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

DIALOGOS CORDELESCOS

MULHER CAVALO EM JAGUARUANA
Eu já vi a mulher caçote
Bem na tela da tevê
E “uma tal” de melancia
No mexido de morrer
Mulher melão e moranguinho
Coisas lindas de se ver.
Mas tenho uma de tremer
As pernas que nem abalo
Uma espécie de mulher
Que é igual pisa de talo
Que apareceu em Jaguaruana
E chamam: mulher cavalo.
O fato que nem badalo
Espalhou-se na cidade
Muitos dizem já ter visto
E comprovam que é verdade
Que a tal da mulher cavalo
Vive em nossa sociedade.
Donde veio a novidade
Em forma de assombração
Dizem ser uma visagem
Fruto da imaginação
Outros dizem já ter visto
A famosa aberração.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Letras que podem ser musicadas!

POEMETO CAIPIRA
Letra e Música: Moacir Morran
Morena linda me der um pouco d’água
E arranca essa mágoa que em meu peito faz doer
Que triste sina que carrego em minhas costas
Mas o quando homem gosta o seu verbo é sofrer
Volta pra mim, vem de novo morar no meu sertão
Vem ser jardim que enfeita o meu pobre coração.
Morena linda me der um pouco de poesia
Porque essa agonia ainda pode me matar
Sou um caboclo entorpecido de paixão
Acuado na prisão que eu mesmo quis me arranchar
Volta pra mim, vem de novo morar no meu sertão
Vem ser jardim que enfeita o meu pobre coração.
Morena linda, minha flor de cajueiro
A sombra de um juazeiro no calor da sertania
Linda morena que carrego na viola
Por você peço esmola até na sua freguesia
Volta pra mim, vem de novo morar no meu sertão
Vem ser jardim que enfeita o meu pobre coração.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Letras que podem ser musicadas!

MARCHINHA DA VUVUZELA
Letra e Música: Moacir Morran
Vem cá amor, minha donzela
Venha sopra a minha vuvuzela!
Vem cá amor, minha donzela
Venha sopra a minha vuvuzela!
Ela veio da África
Tão preta que nem carvão
Eita! Corneta danada
Que já virou uma grande sensação
Sopre com força, donzela
Sopre sem parar
Que na minha vuvuzela
Quero ver você tocar.
Vem cá amor, minha donzela
Venha sopra a minha vuvuzela!
Vem cá amor, minha donzela
Venha sopra a minha vuvuzela!
Ela veio da África
Tão preta que nem carvão
Eita! Corneta danada
Que já virou uma grande sensação
Sopre com força, donzela
Sopre sem parar
Que na minha vuvuzela
Quero ver você tocar.
Vem cá amor, minha donzela
Venha sopra a minha vuvuzela!
Vem cá amor, minha donzela
Venha sopra a minha vuvuzela!

terça-feira, 6 de julho de 2010

ABOIO UM CONTO

MINHA ÚLTIMA TREPADA - PARTE FINAL

Ela gargalhou, prosternando: “Eu sempre termino o que começo” e depois me beijou. Afastei-me por instante e perguntei:
“Mas que coisa estranha. Nem me lembro de você e estamos aqui transando. Que loucura!”
“E você sabe onde mora razão?”
“Não e você sabe?”
“Também não”
Rimos juntos e paramos juntos de sorrir.
“Mas o que eu não entendo, porque só agora você me procurou e porque eu não me lembro de você”
“Eu lhe procurei agora porque agora é a sua hora. E você lembra-se de mim, sim. Desde o início.”
“Estranho. Desde o início de que?”
“Desde o seu início”
“Meu início?”
“Sim e hoje volto”
“Você é muito espirituosa. Você não aparenta ser tão velha, pelo contrário”
“Tá bom mostre-me de novo os pulsos”
“Desculpe-me, tenho tido dias horríveis, incomoda-te ver isso”
“Nem um pouco, acho até excitante”
“Tá bom, tá certo. Mas agora você veio e me fez mudar de opinião, vou estancar a sangria”
Naquele instante, ela apertou meus pulsos com uma força sobrenatural.
“Ai, que isso, calma... eu vou estancar no banheiro”
“Fica aqui e morre ao meu lado”
“Como? Que isso? Quem é você?”
“Eu sou a morte”
Então morri. Encontraram meu corpo em cima cama.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ABOIO UM CONTO

MINHA ÚLTIMA TREPADA!
O sangue escorria suave dos meus pulsos quando bateram a porta. Prontamente a abri, uma mulher fascinante pediu para entrar e eu a ofereci um assento. Os olhos da desconhecida miram meus ferimentos, tentei esconder colocando os membros para trás.
“Sim, eu a conheço?”
“Depende”
“Depende de que?”
“o que você entender por conhecer”
“Poxa, alguém do meu convívio social, por exemplo,”
“Ah! Sim, pronto, eu estou no seu convívio social”
“Bem, desculpe-me a franqueza, mas não a conheço e essa não é uma hora boa para conversar”
“Calma, dei-me seus braços”
“Como?”
“Dei-me seus braços”
Lentamente, movimentei os meus braços ensangüentados na direção dela. Ela os acariciou e olhando para mim, tascou-me um beijo na boca. A sua mão desceu pelo meu corpo, parando somente por sobre meu pênis. Não me contive, tirei seus seios do vestido. Nessa altura já havia sujado-a toda com meu sangue. Ela soprou no meu ouvido, puxando-me pelo pau em direção do quarto. Empurrou-me por sobre a cama e depois foi se despido com sensualidade. Eu apenas pus o pênis para fora da calça, ela acomodou por sobre meu corpo, fazendo uma cavalgada monstruosa.
“Lembra de mim?”
“Sim”
Na verdade, eu não lembrava. Mas como? Uma mulher exuberante daquela e minha memória simplesmente esqueceu. Um sacrilégio!
“Tá gostoso?”
“hummm... sim”
“Você sabe por que vim aqui?”
Não sabia nem como ela havia chegado ali. Fiquei quieto. Bem na hora de gozar, ela saiu de cima, deixando-me ainda mais excitado. Pegou um cigarro do maço que sempre deixo no criado-mudo. Ascende-o e disse-me:
“Dizem que o “fim” é como um orgasmo”
Fiz de conta que nem ouvia aquilo e tentei beijá-la, ela se esquivo.
“Incrível isso, eu odeio eufemismos!”
“Ok, mas porque está falando aí essas coisas sem nexo, mas terminar o que começamos”

domingo, 4 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010