quarta-feira, 13 de maio de 2009

UM ABOIO JAGUARUANENSE

ARTE JAGUARUANENSE JÁ!


A arte não é somente como alguns pensam um entretenimento supérfluo para o desenvolvimento de nossa terra. Quem acredita nesse pressuposto, certamente, está à margem da realidade. Primeiramente a arte não se reduz ao entretenimento, sua definição e contorno estão além de nossa concepção de mundo. Por exemplo, a rede de dormir simboliza a manifestação artística entranhada no imaginário popular e nem por isso a tecelagem é um meio de diversão, pelo contrário é um artifício bastante trabalhoso. Que o diga o tecelão! Ninguém poderá nunca dizer que a rede de dormir não é arte. Arte é ação humana; movimento onírico de se manifestar suas vontades, ainda que o conceito seja reducionista. Mas é nesse sentido que a arte deve ser vista como ação e reação subjetiva e metafísica, mas tão sólida quanto à pedra que se toca.
A arte jaguaruanense sempre fora banida das diretrizes governamentais. Nossos prefeitos torciam o nariz quando o assunto era arte. Hoje posso afirmar categoricamente: “como eram burros nossas autoridades!”. No mundo todo, a arte é tratada como um ingrediente imprescindível para um desenvolvimento com qualidade de vida. Não é questão de “pane et circus” no sentido romano desse termo, mas de pão e arte na formação humana de qualquer cidadão do mundo. Jaguaruana vive ad eternum uma escuridão medieval sobre as artes, nossos artistas são discriminados, humilhados e postergados o direito de se manifestar. E é por isso que quando olhamos a cidade, percebemo-la triste, cabisbaixa e doente. Há um atraso que se perdura sem razão de ser. Minha Jaguaruana suplica e os seus gritos são abafados pela mentira.
Torço mais uma vez – como um brasileiro que não perde a esperança nunca – para que o novo administrador cesse o período medieval da cidade e dê a chance para os artistas fazerem novamente essa cidade sorrir se é que algum dia ela já sorriu!

Um comentário:

Anônimo disse...

Arte: início, meio e fim da educação. Como também de consciência humana!

Adorei como você usou a analogia no texto.