quinta-feira, 31 de março de 2011

UM ABOIO


ELOGIOS AOS AMALDIÇOADOS



Hoje fui surpreendido pelas frases preconceituosas, via twitter, de autoria do Senhor Marco Feliciano que se intitula Pastor, Escritor, Cantor e atualmente detentor de uma vaga de Deputado Federal acerca de uma maldição proferida por Noé ao seu neto Canaã. Com este mote bíblico, Marco Feliciano ao afirmar que o amaldiçoado Canaã retirou-se para a Etiópia jogando a maldição de Noé por todo o continente africano. O tal Pastor vai mais além, como se entendesse de implicações sociológicas e políticas, afirmando categoricamente que as moléstias sociais, política e de saúde tão comuns na África advêm da maldição. Por conseguinte, quem descende daquele povo traz consigo a praga!

Não sou teólogo, mas através da própria Bíblia derrubarei os argumentos estúpidos de uma pessoa que se diz pregador da verdade. Se nos reportarmos ao Livro de Gênesis, capitulo 9, versículo 25: “E disse [Noé]: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos”. Vale salientar que a maldição decorreu do famoso episódio da embriaguez de Noé e de uma cena de nudez. Bem, a praga proferida é direta, Noé em nenhum momento disse que os descendentes de Canaã também seriam amaldiçoados. Afinal como era um homem reto e devoto a Deus, o patriarca só poderia praguejar o envolvido no episódio e nada mais. Alguém pode perguntar o que a África tem haver com essa maldição? Na verdade nada, primeiramente, Canaã era descendente do mesmo tronco de Noé, se tivesse uma possível maldição sobre os descendentes certamente eles não eram nativos da África, por motivos óbvios. Seriam todos descendentes de Adão, Sete, Enos, Quenã, Malalel, Jarede, Enoque, Metusalém, Lameque, Noé, Cã e, por último, Canaã. Segundo fato Canaã não foi quem povoou a África,  não há registro bíblico e muito menos histórico. E terceiro e mais importante a fome, miséria, doenças fatais e outros distúrbios sócio-políticos que se dão no Continente Africano não tem anuência de Deus por causa de uma maldição.

O senhor Marco Feliciano tem que ler além de sua bíblia (que deve ter alguma coisa errada na tradução ou descrição) alguns livros de economia, sociologia e política para entender o contexto que vivemos e, sobretudo, desvendar os tentáculos letíferos de um sistema que promove as disparidades sociais. O povo africano não é amaldiçoado, mas sim espoliados por pessoas como você que buscam pregar mentiras como se fossem verdades únicas e inquestionáveis.

Salve a África e nós os vós filhos: Sarará e Axé! Abaixo a intolerância e sobretudo a mentira!

quarta-feira, 30 de março de 2011

DIÁLOGOS CORDELESCOS

VOMITANDO ZÉ LIMEIRA!

Anéis de saturno desejo vender
Na feira medonha lá de Caruaru
Trocá-los quem sabe num saco de umbu
Eu não sei o que faço, nem quero saber
Talvez o melhor seja então derreter
Fazer uma jóia pra se penhorar
Mas do jeito que vai ninguém quer comprar
E o jeito vai ser eu montar um leilão
Só pra ver se eu tiro quem sabe o feijão
Plantando na roça do meu Calabar!   

terça-feira, 29 de março de 2011

DIÁLOGOS CORDELESCOS

VOMITANDO ZÉ LIMEIRA!

A lua desceu pra beber uma pinga
O sol ciumento ficou de veneta
Eu vi cinco estrelas montando um cometa
E um velho planeta fazendo mandinga
O espaço se expande igualmente quem ginga
Por dentro da casca de um fruto do mar
Chinela de sola só é bom pra dançar
Nas dunas geladas do solo de Marte
Espero que Deus me conceda uma parte
Das luas de Júpiter para morar.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Um dedo de prosa dentro da poesia!

                                                                                             OS MEUS: POUCO ME IMPORTA!



Pouco me importa que se vá
                       a porta nunca esteve fechada
Pouco me importa que não chore
                       mesmo assim, eu seqüestro um pedaço de si
Pouco me importa que se vá antes do sol sair
                       a lua também nunca fora nossa
Pouco me importa que não olhe para trás
                       eu sei que um dia irá olhar e não verá ninguém
Pouco me importa que a chama extirpou
                       você é quem não soube preservá-la!  

terça-feira, 22 de março de 2011

Um dedo de prosa dentro da poesia!

A VOZ DE QUEM SE AMA!

As plumas densas de tuas palavras
Feriram-me como adagas afiadas
Como queres que eu fique?
Se tuas palavras são ligeiramente letíferas
Apaixonadamente cicutadas
E eu me entrego a elas como um Sócrates
Como um Hemingway dando um tiro nas próprias partes!

Não me cesse
Não me censure
Deixe que tuas palavras me costurem
Quero beber o que advém de tua boca
E o que não advém e esconde-se no teu sótão!

E quando cessares as palavras
Que me lavram como terra úmida
Quero permanecer refém do teu discurso
Ainda que ele se dê através de um beijo.      

sexta-feira, 18 de março de 2011

REFLEXÕES DE VANTUIR

Há uma frase bíblica que diz: crescei e multiplicai-vos (Gen 1: 28), diante disso como ficam os estéris?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Letras que podem ser musicadas!

"Chegou o Bloco do Povo"
Letra e Música: Moacir Morran


Refrão:
Parem os tambores, agora!
Chegou o bloco do povo
Trazendo a nossa história
No carnaval de novo. (Bis)

Lembro do Seu Chico
Com sua fantasia
Semeando galhardia
Para sua gente
E a grande Anunciata
Com o bloco lá na praça
Dançavam bem alegremente

Refrão:
Parem os tambores, agora!
Chegou o bloco do povo
Trazendo a nossa história
No carnaval de novo. (Bis)

Lembro tudo aquilo
Uma saudade crua
Papangu ia pra rua
Querendo se amostrar
E aquela alegria
Hoje é uma nostalgia
Da qual vivo a recordar

Refrão:
Parem os tambores, agora!
Chegou o bloco do povo
Trazendo a nossa história
No carnaval de novo. (Bis)

Voz recitando:
ELEGIA A CHICO ZÉ DE JOANA

Quando um carnavalesco morre
Ele vai pro céu de confetes e serpentinas
Vai pro céu de Pierrô e Columbina
Ele fica mais próximo de Deus
Vira um querubim; guardião da folia
Que propaga uma luz de escarcéu
Mudando os tons coloridos do céu
Para as cores vivas e concisas da alegria
Adeus seu Chico Zé de Joana
Repouse na mais pura paz
E, lá de cima, proteja os nossos carnavais.


Refrão:
Parem os tambores, agora!
Chegou o bloco do povo
Trazendo a nossa história
No carnaval de novo. (Bis)

Lembro do Seu Chico
Com sua fantasia
Semeando galhardia
Para sua gente
E a grande Anunciata
Com o bloco lá na praça
Dançavam bem alegremente

Refrão:
Parem os tambores, agora!
Chegou o bloco do povo
Trazendo a nossa história
No carnaval de novo. (Bis)

Lembro tudo aquilo
Uma saudade crua
Papangu ia pra rua
Querendo se amostrar
E aquela alegria
Hoje é uma nostalgia
Da qual vivo a recordar

Refrão:
Parem os tambores, agora!
Chegou o bloco do povo
Trazendo a nossa história
No carnaval de novo. (Bis)