terça-feira, 29 de dezembro de 2009

BAÚ DO ABOIADOR

SÁBADO DE ALELUIA – O CONTRA-EVANGELHO DE JUDAS - PARTE II

Ali em Queriote – covil de meu nascedouro e de minhas angústias – fui moldado pelas mãos invisíveis e indeléveis da predestinação e da prepotência romana. Tornei-me de fato Judas de carne e ossos, uma bomba-relógio preste a explodir, capaz de expurgar meus princípios e de esfolar minhas vísceras em prol de meus ideais. Aquele vilarejo pobre e dominado pelos romanos por todos os lados fazia-me verter em sonhos libertários. Minha vocação de excitar o rancor aos invasores tornou-me um subversivo e, por incrível que pareça, um estranho no ninho. Os nativos tinham medo que aquele radicalismo nos levasse a um genocídio. Chegou ao ponto de Simão, dá-me todas as economias da família, para que eu me exilasse em outro lugar. Escolhi a Galiléia – não poderia ser uma mera coincidência. Estava eu a observar pescadores em suas embarcações ancoradas. Quando Jesus apareceu e disse-me: “O que fazes?”. “Nada. Apenas olho aquele pescadores secando ao sol e sendo explorado por uma escória”. “Judas vem. Não por que te escolho, mas o próprio Rei o nomeia para construir o nosso reino. Onde os pescadores sequem ao sol, mas não sejam escravos de ninguém”. Senti a convicção na doçura da voz daquele que nem conhecia, contudo já nutria certa confiança. Encontrei-me com o destino de túnica, carne, ossos e luz. Não fui covarde, aceitei o que para mim estava predestinado. Uns diziam que eu era visionário, um louco preso ao seu tempo. Que se danem os medrosos, eu fiz aquilo que achei que é certo. Quem nunca errou? Na verdade, eu fui o último escolhido e o mais contestado. Era um estrangeiro e os galileus repudiavam os nativos de Queriote. Jesus adorava uma controvérsia e uma polêmica; e a minha entrada em seu reduto como era uma pedrada nos galileus. Pedro olhava-me sempre com desconfiança. Naquele dia em que o Nazareno ordenou aos apóstolos que fossem preparar a ceia da páscoa, ficara com Ele apenas eu, André e Tomé. Senti que a alma do Mestre estava irrequieta. Ele olhou-me e acenando chamou-me. Aproximando-se dele, disse-me: “Venha comigo, Judas” e dali seguimos até uma venda, pedimos uma garrafa de vinho e sentamos frente a frente. “O que está acontecendo, Mestre?”. “Cale-se, eu vou falar só uma vez” aquilo me serviu como uma mordaça.(...)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

BAÚ DO ABOIADOR - Parte I

SÁBADO DE ALELUIA – O CONTRA-EVANGELHO DE JUDAS

Quando aquela corda atada à figueira me apertou a aorta, eu sorri. A fragrância da morte era semelhante aos dos figos maduros e meus pés cinzentos faziam um leve movimento, como se dançasse para o destino. A minha vida nesse instante atravessa sorrateiramente diante dos meus olhos encarnados. As reminiscências dantes afundadas no lado obscuro e esquecidas da minha cabeça, agora bóiam no meu consciente. Consigo distinguí-las uma a uma. Lembro-me bem, ou melhor, de quase tudo. Ao sul da Judéia. Região de Moabe. A pequena cidade de Queriote testemunhou meu nascer pelas mãos de uma parteira, cujo nome apagou de meu relicário. Fui concebido como uma criança qualquer, provida dos gemidos lascivos de meus pais; de ninfas gaméticas e das pedras escritas. Nasci sem influência divina, mas por intervenção divina eu havia de nascer. Não ouve estrelas, o céu fechou-se perante meu choro, recusando-se a mostrar sequer a lua em seu brilho. O negrume daquela noite deu-me loas ao som da chuva que caía sobre o teto de minha casa. Simão Iscariotes, meu pai, há dois dias confinado numa insônia, não poupou energia e veio me cortejar com afagos. Recordo-me com fidelidade, pois depois de crescido, papai me disse tudo. Simão envolveu-me em seus braços cálidos e de sua boca saiu o meu estigma, o estigma que me marcaram a ferro e fogo, o nome Judas Iscariotes. Nunca imaginei que um nome pudesse crismar a trajetória de um ser ainda calhado pelo líquido amniótico, mas meu mapa da vida já estava traçado. Talvez por Cartógrafo que está acima de tudo e todos, alguém que tem a visão panorâmica do alto deste imenso “labirinto do Minotauro” que simboliza a vida de cada um de nós. Se o espermatozóide que estava cosido a minha alma e tatuado com a insígnia de Judas, não houvesse nascido na gleba de Simão. Eu haveria de nascer em qualquer outra gleba, seria o mesmo Judas, não haveria escape. Meu nome já era cogitado no velho testamento. O destino enamorava e prenunciava-me ao povo Hebreu antes de minha existência. Ó destino, irônico e meticuloso destino, quem o cinge em nossa alma? Será o mesmo Cartógrafo que nos observa de sua escrivania? (...)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

UM ABOIO

FRASE PARA CONSCIÊNCIA NEGRA:

Essa frase é a última fala do filme Besouro – Nasce um herói, dita pelo filho do Besouro e que me emocionou e quis eu tomar essa frase como um símbolo de resistência ao preconceito e valorização de minha raça. Eis a reconstituição da fala: “meu nome será besouro porque é preto e saber avoar (sic)”.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Letras que podem ser musicadas

ELEGIA À EMÍLIA

I

Emília Freitas, minha escritora
Mulher Batalhadora
Que nasceu no meu sertão
Sob as bênçãos de Santana
Nasceu em Jaguaruana
Que também é meu torrão
Esquecida pelo tempo
Mas hoje eu vou lembrar
Dessa mulher do meu querido Ceará

Ééééé Emília, não te esqueci
Vou torná-la infinita
Nesse samba de triz. (Bis)

(...)

Ainda não finalizei esse sambinha modesto para a maior Escritora do Brasil e do Mundo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

UM ABOIO

A DIVERSIDADE CULTURAL E DIÁLOGOS INTERCULTURAIS

A diversidade cultural é caracterizada pelo conjunto de manifestações culturais distintas comuns as pessoas, sendo também a essência com a qual as sociedades moldam seus parâmetros de moral, ética, comportamento, relações sociais, etc. A diversidade cultural aglutina em seu campo de abrangência a pluralidade de ângulos consonantes e paradoxais, convergindo-a num grande caldeirão de culturas. Essa mistura complexa não tem tão somente a importância sociológica ou antropológica na formação de um povo, há um ingrediente a mais tão relevante que as demais: a tolerância. A diversidade cultural é a grande mola-mestra da promoção da paz, no sentido que a mesma permeia a convivência social, sua relevância acentua-se ainda mais no momento atual, cujos conflitos giram em torno das diferenças culturais. Nessa linha, os diálogos interculturais reforçam a diversidade cultural, abrindo espaço para o escambo entre manifestações culturais, mas o que é mesmo diálogos interculturais? Os diálogos Interculturais sãos linhas de relacionamentos criadas entre culturas, independente de suas naturezas. Essas aproximações podem fortalecer e agregar novos valores em ambas às manifestações, contudo é preciso ter a preocupação de que as culturas nacionais, dentro desse processo de relacionamento, não percam suas essências e sejam dizimadas pela globalização. Por isso, antes de se fazer simplesmente a promoção de diálogos interculturais é necessário diálogos “endoculturais” no contexto nacional, estadual e municipal.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

UM ABOIO

PRODUÇÃO DE ARTE E BENS ARTÍSTICOS ATRAVÉS DOS SÍMBOLOS

Moacir Morran

O homem, desde o surgimento do Australopithecus Africanus segundo a visão evolucionista e/ou Adão segundo a visão criacionista, desenvolveu a sua relação com mundo através do ato de simbolizar, tornando-se uma ação ritualística que refletiria todas as suas expressões sobre o mundo ao seu redor e a vida. As pinturas rupestres, por exemplo, traduziam os acontecimentos que o homem primitivo enfrentava em seu cotidiano; expressões pintadas cuja decifração revelava uma rede ainda recôndita de significados. A necessidade de simbolizar nasce, sobretudo, do desejo de interagir e interpretar o mundo. A arte configura-se “como um dos subsistemas simbólicos da cultura” (Texto-base da Conferência Nacional de Cultura - Eixo I), mas vale salientar que para fins didáticos podemos dividir a produção simbólica de arte em duas dimensões: dimensão simbólica material e dimensão simbólica imaterial.


Dimensão Simbólica Material refere-se aos símbolos criados pelas civilizações que tem natureza corpórea, ou seja, são os símbolos palpáveis. Os achados arqueológicos, tecidos, utensílios, ferramentas, adornos, meios de transporte, moradias, armas etc. são manifestações materiais que fazem parte do contexto cultural e artístico de um povo.

Dimensão Simbólica Imaterial refere-se aos símbolos criados pelas civilizações que tem natureza incorpórea, ou seja, são os símbolos abstratos. Os saberes, danças, cantos, música, ritmos, rituais, celebrações, manifestações orais, gestuais etc. são manifestações imateriais que fazem parte do contexto cultural e artístico de um povo.


Apesar da subdivisão, as dimensões simbólicas supracitadas são homogêneas, sendo por muitas vezes apresentadas conjuntamente, por exemplo, uma obra de arte (pintura) que se apresenta na forma material e imaterial, entre outros. Ambas as dimensões surgem das ações humanas, produzindo bens simbólicos que formam um mosaico complexo e diversificado, cujo intuito maior é a leitura humana sobre os fatos e coisas. Essa visão antropológica da produção simbólica da arte nos permite vislumbrar as manifestações artísticas conhecidas, bem como outras expressões que caracterizam a nossa diversidade cultural.

sábado, 26 de setembro de 2009

UM ABOIO

Recebi o convite para o II Fórum de Cultura de Jaguaruana (CE), que se realizará no dia 8 de Outubro de 2009 (uma quinta-feira) na qual me incumbiram de proferir uma palestra cuja órbita é a produção simbólica e diversidade cultural, focalizando-se na produção de arte e de bens simbólicos, promoção de diálogos interculturais e formação no campo da cultura. Certamente, os nossos artistas locais, sobretudo os mestres de cultura e saber entendem bem melhor que qualquer um a produção e disseminação de bens simbólicos de caráter artístico. Essa preocupação em se valorizar e tombar os bens simbólicos artístico-culturais (material e imaterial) é uma preocupação recente na esfera pública. As relações interculturais nascem espontâneas e da troca de saberes entre povos, o Brasil por si só tem espalhado por todos os cantos essa característica cultural que nos diferencia e ao mesmo tempo nos tornar um só povo. Já formação no campo da cultura é algo que anda trôpego, nossas instituições de ensino sonolentas não despertaram para educação cultural, preocupando-se tão somente com a formação profissional.
Pois bem, creio que tem há muito a se discutir. Os artistas, as autoridades e o povo em geral devem comparecer ao Fórum e literalmente “botar a boca no trombone” esboçando o perfil cultural que queremos para nossa cidade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

DIÁLOGOS CORDELESCOS

A FORMIDÁVEL PELEJA DO CORONEL DE MERDA (TASSO) CONTRA O CANGACEIRO CAGADO (RENAN) – PARTE 1

CORONEL DE MERDA:

Não me aponte o dedo sujo
Não me diga palavrão
Pois eu nem sou da sua turma
Vá mexer no seu pirão
Falo aqui nesse plenário:
Eu quero a sua cassação.

CANGACEIRO CAGADO:

O dedo sujo aqui é o seu
De apertar naquele jato
Que foi pago pelo povo
E você nem ver o fato
Vou pedir sua cassação
Coronel mais insensato.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ABOIO POLÍTICO

O CORONEL DE MERDA E O CANGACEIRO CAGADO!


O bate-boca encenado por Tasso e Renan diante do Senado, demonstrou a verdadeira face de um poder legislativo cheio de vaidades. Ambos os caciques de verdadeiras tribos políticas no Nordeste estranharam-se. Do fervor da briga surgiram os rótulos de cada um: o coronel e o cangaceiro. Eu, particularmente e talvez tenha sido um dos únicos, adorei essa medição de forças. Ainda mais com duas estirpes políticas do meu Nordeste. Desse fogo cruzado, alguém cai. Bom seria que fosse os dois!

Link do mote do artigo: http://www.opovo.com.br/politica/899362.html

sexta-feira, 24 de julho de 2009

DIÁLOGOS CORDELESCOS

CORDEL CONTÁBIL


Quando a contabilidade
Nesse mundo apareceu
Nossa razão engatinhava
E não existia nem liceu
Surgindo como uma luz
Pra acabar co’aquele breu.

O homem inda selvagem
Namorou, com liberdade,
Aquele novo saber
De tão grande utilidade
Passando pra gerações
Aquela habilidade.

Usando-a no dia-a-dia
Pra precisar com certeza
As subidas e os declínios
Referente à sua riqueza
No campo do pastoril
Através de sua agudeza.

Conferindo os animais
No começo e fim do dia
O homem tão primitivo
Registrava cada cria
Com pedrinhas num buraco
Que lhe serviriam de guia.

Aquilo era seu inventário
Seu aporte pra decisão
Na hora dos seus escambos
Já se sabia a direção
Tendo por base a contagem
Dos animais de criação.

Os registros dos seus fluxos
Eram pinturas rupestres
Que gravadas nas cavernas
Por mãos de homens silvestres
Registravam as suas vidas
Naquela arte que eram mestres.

Antes de ser social
O homem era contábil
Mesmo sem os algarismos
O seu saber não era lábil
E na contabilidade
Foi tornando-se mais hábil.

Na Suméria ou Babilônia
Começou-se a escriturar
Cada fato era um registro
Que na argila ia se gravar
Desse jeito o patrimônio
Poderia se acompanhar.

Velejou por setes mares
Usando a navegação
Fomentou todo o comércio
De nação para nação
Ajudando no controle
Dos fluxos de transação.

Mesmo estando em todo canto
Eis que surge a novidade
Um estudo italiano
Sobre a contabilidade
Deu-lhe foro de ciência
Perante a posteridade.

Foi com Luca Pacioli
Que se dera esse momento
Observando os navegantes
Atentou-se a um elemento
Que os próprios assim usavam
Durante o Renascimento.

Para cada operação
Duas contas eram gravadas
É o método conhecido
Das tais partilhas dobradas
Que o grande monge italiano
Mostrou como eram usadas.

Cada registro se via
A origem e a aplicação
Não importava a natureza
E não havia distinção
Toda conta registrada
Seguiria a mesma razão.

Assim o saber contábil
Entranhou-se em nossa essência
Em todo e qualquer nação
Foi tomando consistência
Por sua grande relevância
Como um modelo de ciência.

Mas pra que serve esse ramo?
E qual a sua utilidade?
Qual o seu grau de importância?
Em nossa sociedade
E que conceito é adequado?
Para contabilidade.

É uma ciência social
Cujo foco é o patrimônio
Com Exatas tem fusão
Espécie de matrimônio
E o seu campo de atuação
Não tem nada de lacônio!

Ao fornecer os subsídios:
Balanço, demonstração,
Análise, estudo e fluxo
Livros: Diário e Razão
Percebe-se aí sua importância
Nas horas de decisão.

As informações contábeis
Ajudam a descrever
O estado de uma entidade
Se fazendo perceber
Os pontos mais importantes
Pra uma entidade crescer

Mas não só no crescimento
É que se ver sua importância
Na previsão de um declínio
Ou no incentivo à constância
Qualquer empresa percebe
A sua grande relevância.

Não somente nos negócios
Mas também na economia
Sem a contabilidade
Nada disso existiria
E o planeta sem controle
Acabaria nesse dia.

Por isso até o Contador
Deve ser valorizado!
O governo deveria
Dizer-lhe: “muito obrigado!”
Sendo mais reconhecido
E bem como ovacionado.

No passado, no presente
No futuro com certeza
Que não sabe, saberá!
Todos virão com clareza
Nossa contabilidade
Demonstrando sua grandeza.

Muito pouco se falou
Muito mais tenho a falar
Porém aqui o espaço é pouco
Não deu nem pra começar
Ficando aqui o desafio
Pra quem quiser continuar.

E quem achar que é mentira
O que expresso no papel
Quero ver você escrever
O contrário do cordel
Dizer que o saber contábil
Não é tão digno de laurel.

Seja você qualquer um
Pessoa física ou entidade
Com pouco ou muito dinheiro
Fique sabendo a verdade
Ninguém vive nesse mundo
Sem a contabilidade!

Dedico esse Cordel ao maior Contador que eu já conheci: meu pai.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

ABOIO

As coisas não são! No máximo, elas ostentam uma transitoriedade que parece perpétua, mas suas essências são tão movediças quanto o gelo exposto ao calor. Nada é concreto, tudo tem a suavidade e flexibilidade nas suas formas, no seu jeito de ser e nas suas atitudes. Até as paralelas já próximas ao infinito cruzam-se para subverter a lógica e copular com a poética. Nada é só sim, nada é só não, há espaço para um talvez e certamente há outro universo de possibilidades. Por que se contentar com o não e o sim, com o escuro e o claro, com o denso e o leve? Essas lógicas dualísticas atrofiam os limites imensuráveis dos seres humanos, reduzem o campo de visão e atuação de qualquer um. O mundo rasteja-se letárgico para um desenvolvimento pífio, trazendo nas costas erros imperdoáveis. Desde que homo sapiens resolveu sair das cavernas e abraçar uma ciência capenga que se apóia numa bengala dualística, o coitado do primata construir durante todo esse tempo a sua própria sepultura. Nossa ciência é assassina, ela mortifica a coisa mais importante dentro do ser humano: a superação, a ousadia de ir além do limite e de subverter o que os olhos ainda não vêem com clareza. Isso não é ciência! Ciência cristaliza, impediu muitas vezes durante a história de homem ir mais além.

terça-feira, 14 de julho de 2009

DIÁLOGOS CORDELESCOS


"Quando a contabilidade
Nesse mundo apareceu
Nossa razão engatinhava
E não existia nem liceu
Surgindo como uma luz
Pra acabar co’aquele breu.
(...)Seja você qualquer um
Pessoa física ou entidade
Com pouco ou muito dinheiro
Fique sabendo a verdade
Ninguém vive nesse mundo
Sem a contabilidade!"

terça-feira, 16 de junho de 2009

UM ABOIO TEMPORAL

TRATADO SOBRE O MEU TEMPO - I

O tempo escorre dos poros das horas, cujo relógio está dentro de nós! Albert Einstein acabou por me tira a única lógica que eu pensava ter, mas entendo quando se dizem por aí que o “tempo é relativo”. Minha ampulheta não segue um padrão, não há controle meu sobre a mesma, pelo contrário essa relatividade não segue meus desejos! Há vontades intrínsecas e extrínsecas que regem o meu tempo, certamente as minhas não contam! Eis que esse tempo relativo semeou no meu couro cabeludo um fio capilar branco e desde já o maldito tempo adquiriu outra roupa, ainda que disfarçado em sua relatividade covarde e desumana! Ó Albert Einstein, por que não inventara uma equação de embuste do tempo, ou quem sabe um controle dessa relatividade incontrolável para quem sabe o tempo não me devorasse mais.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

UM DEDO DE PROSA DENTRO DA POESIA

SONETO DESAFIANDO PARA MIRELLA – N° 1


Numa noite sudorípara, teu olhar me deflagrou
Deixou-me desnorteado como um cão sem dono
Como um rei que sem querer perde o trono
E como um santo ao saber que pecou.

Na sua frente meu poema se curvou
E eu que era vários, tornei-me mono
O meu amor que andava com sono
Naquela noite sudorípara, acordou!

Tornei-me algo além da minha vontade
Meu ser transcendeu a noite e o som
E minha vida que só tinha um tom

Recebeu naquela hora outra musicalidade
Se antes de tudo isso me sentia inteiro
Hoje, feliz, quero ser sua metade.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O BAÚ DO ABOIADOR

Essa microscópica canção foi cantada pela primeira numa peça teatral de minha autoria, cujo nome já nem lembro mais. O grupo teatral “Concretzar” encenou tal peça em alguns eventos e escolas do município de Jaguaruana:

“PANE ET LYRICUS”
Letra e música: Moacir Morran

-Refrão
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra viver mais um pouco
Pão e poesia pra viver mais um pouco.

Mundo faminto, gente sem arte
A paz está morta e viva o desastre!
Minhas mãos estão tão vazias
Mas ainda tenho uma carta
Nossa arte em sangria
Num mundo-esparta!(*)

-Refrão
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra viver mais um pouco
Pão e poesia pra viver mais um pouco.

A arte na rua, a rua na arte
O povo mandando como um baluarte
O mundo vivendo essa emoção
E tudo é mais bonito
Quando há união(*)

-Refrão
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra esse povo
Pão e poesia pra viver mais um pouco
Pão e poesia pra viver mais um pouco.



(*) Incluídas recentemente na canção, pois só existia o refrão!

UM ABOIO JAGUARUANENSE

ARTE JAGUARUANENSE JÁ!


A arte não é somente como alguns pensam um entretenimento supérfluo para o desenvolvimento de nossa terra. Quem acredita nesse pressuposto, certamente, está à margem da realidade. Primeiramente a arte não se reduz ao entretenimento, sua definição e contorno estão além de nossa concepção de mundo. Por exemplo, a rede de dormir simboliza a manifestação artística entranhada no imaginário popular e nem por isso a tecelagem é um meio de diversão, pelo contrário é um artifício bastante trabalhoso. Que o diga o tecelão! Ninguém poderá nunca dizer que a rede de dormir não é arte. Arte é ação humana; movimento onírico de se manifestar suas vontades, ainda que o conceito seja reducionista. Mas é nesse sentido que a arte deve ser vista como ação e reação subjetiva e metafísica, mas tão sólida quanto à pedra que se toca.
A arte jaguaruanense sempre fora banida das diretrizes governamentais. Nossos prefeitos torciam o nariz quando o assunto era arte. Hoje posso afirmar categoricamente: “como eram burros nossas autoridades!”. No mundo todo, a arte é tratada como um ingrediente imprescindível para um desenvolvimento com qualidade de vida. Não é questão de “pane et circus” no sentido romano desse termo, mas de pão e arte na formação humana de qualquer cidadão do mundo. Jaguaruana vive ad eternum uma escuridão medieval sobre as artes, nossos artistas são discriminados, humilhados e postergados o direito de se manifestar. E é por isso que quando olhamos a cidade, percebemo-la triste, cabisbaixa e doente. Há um atraso que se perdura sem razão de ser. Minha Jaguaruana suplica e os seus gritos são abafados pela mentira.
Torço mais uma vez – como um brasileiro que não perde a esperança nunca – para que o novo administrador cesse o período medieval da cidade e dê a chance para os artistas fazerem novamente essa cidade sorrir se é que algum dia ela já sorriu!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Um Dedo de Prosa dentro da Poesia

Tenho pena de Seu Cid
Que se diz governador
Discursa que nem doutor
Lá de cima de um abside
Bote o pudor no cabide!
Deixe a preguiça de lado
E Viaje por todo o Estado
Pra ver essa situação
Saia dessa enrolação!
Ajude o desabrigado!

Esqueça um pouco do luxo
Das benesses e regalias
Ajudando as famílias
Ao menos encher o buxo
Essas vítimas do fluxo
Merecem todo o respeito
Seu Cid não seja estreito
Miserável e pão-duro!
Pois seja um homem seguro
Fazendo o que é direito!

terça-feira, 5 de maio de 2009

UM ABOIO REVOLTADO

Cid Gomes e Autoridades (In) Competentes,

Posso afirmar que Vossa Excelência tem ao seu redor um exército de lambe-botas, pessoas xulas e estúpidas que não têm noções da calamidade que o nosso Estado se encontra. Eu quero crer que seja isso, não acredito que Vossa Excelência seja o verdadeiro estúpido! Queria que Vossa Senhoria levantasse esse traseiro, fugisse do luxo do poder, e embrenhasse no Estado do Ceará (eu não sei nem se Vossa Excelência conhece). Sou natural de Jaguaruana, aonde já tem até a última hora mais de 1.500 família desabrigada e o Senhor - num estado de burrice extrema e/ou mais assessorado - envia ao meu munícipio 200 cestas básicas. Ora, tenha paciência, um palavrão e um cotoco pra Vossa Excelência e para seus assessores é mínimo. Meus conterrâneos sofrem nas suas mãos e sobrevivem da bondade de outros conterrâneos mais afortunados. Se Vossa Excelência anda meio desinformado, poderia deixar a preguiça de lado e pelo menos ir ao computador, eu tenho uns link's que vão deixá-lo mais atualizado:
http://www.radiouniaofm.com/
Se a preguiça for maior, mande um lambe-botas seu. Mas se tiver coragem venha aqui e encare minha gente como um homem! e ajudando verdadeiramente, sem esmolas e piegas. Vossa Senhoria deve isso ao meu povo, agora se for para aparecer com 200 cestas básicas nem venha! Porque a capaz do povo jogar tudo na sua cara. Tenho dito!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

UM DEDO DE PROSA DENTRO DA POESIA

As mãos solíloquas desenham no vazio
Os delírios poéticos de uma alma racional
Divago num copo de vinho e num assobio
Reinvento, dentro de mim, meu carnaval

Ejaculo confetes no calor do meu cio
Ao som pesaroso daquela marcha funeral
Nada sou, se sou unitário, apenas vadio
Um canto esquecido no ponto cardeal

É necessário sempre uma reinvenção
Uma órbita difusa, louca e confusa
Em detrimento a toda e qualquer retidão

Prefiro mirar os olhos da Medusa
E nas noites de frio tirar a blusa
Do que me enganar co’a Deusa da razão.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

UM ABOIO

ESCOLHAS INTELIGENTES EM TEMPOS DE INCERTEZAS

Envolvidos numa grande crise financeira, muitos de nós tendem a renegar os investimentos no mercado financeiro e de ações, influenciados por notícias capengas e extremistas. A avalanche de má notícias abarrotam-se no cotidiano, sendo fomento até para o papo no botequim. Crise, crise, crise! Todos vêem o óbvio, mas poucos vêem o extraordinário de tudo isso. São nesses momentos inóspitos em que as diversas oportunidades aparecem como se pipocassem como mágica. A compra do carro, da casa própria, montar o próprio negócio e porque não: investir no mercado financeiro! A primeira vista, essa última atitude caracteriza-se como um suicídio, contudo se o investidor tiver prudência e paciência isso pode se tornar o crescimento e/ou a ressurreição dos seus investimentos.
Nas palavras brilhantes de Gustavo Cerbasi, escritor e consultor, que ministrou a palestra: “Escolhas inteligentes em tempos de incertezas”, as conclusões que iniciam o texto são corretíssimas, desde que tomadas as devidas precauções. Ele demonstrou – ao iniciar a palestra - a fórmula para abundância financeira: “Gaste menos do que você ganha e invista a diferença” e com essa palavras concisas e diretas trilhou as várias atitude inteligentes que um investidor deve realizar para afugentar o fantasma da crise: primeiro, planejamento inteligente é o equilíbrio: o uso racional de sua riqueza, buscando um ponto de equilíbrio entre despesas e receitas, propiciando excedentes de receitas para investimento e posterior luxo; acumulação inteligente é a disciplina: manter a ordem em seus gastos e receitas, evitando eventos improváveis e imensuráveis, através de orçamentos a pessoa acompanha o seu fluxo monetário, acompanhando de perto as distorções de seus gastos e/ou desperdícios de receitas; investimento inteligente é a eficácia, muitos investidores seduzidos por grandes companhias preferem investir seu dinheiro nelas, alimentando a ilusão de lucros imediatos e certos, por sua vezes essas companhias podem ser um investimento eficientes, contudo não são eficazes no retorno do investimento, não existe o melhor investimento, existe investimentos e o bom investidor tem que saber mediante suas circunstância qual cabe em seu orçamento; Diversificação inteligente é a consciência, é sempre bom que o investidor seja consciente dos investimentos que irá realizar, não mergulhar na onda dos modismos e nem de euforia exacerbada do mercado, ao escolher os seus investimentos o investidor procure conhecê-los e acompanhá-los com esmero. Afinal, a consciência irá pesar, se você por um momento de impulso investir no desconhecido, sonhando com a lucratividade exorbitante. Nesse caso, é preferível jogar na loteria, a probabilidade é idêntica.
Diante do que foi exposto, percebe-se que a crise não deve ser encarada com medo, mas com ousadia e precaução. Afinal, o mundo não pode parar. O fluxo financeiro tem que tomar o seu ritmo normal, remediando a catástrofe econômica, contudo o remédio está na motivação do consumo e dos investimentos que gira a grande maquina da macro e microeconomia. E essa motivação não se resolve simplesmente com planos econômicos, isenções tributárias, incentivos e empréstimos governamentais, se a não plantamos em cada um de nós.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Diálogos Cordelescos

Essa disputa de poesia acontece no Festverso 2006, realizado no orkut. Tive o azar e a sorte de pegar um dos maiores poetas desse Brasil, cearense da gema: Arievaldo Viana. Ei-la:

Arievaldo Vianna X Moacir Morram

AV:
Eu fui nascido e criadoLá no Quixeramobim!
Eu nunca fui cabra ruim,
Sou manso, ordeiro, educado.
Mas, quando desafiado,
Me transformo em Carcará,
Pego a enxada e a pá
E abro o canal da rima!
Sou filho de Evaldo Lima,
Cantador do Ceará!

MM:
Para quem não me conhece:
Sou do sertão do Ceará
Eu nunca fui carcará
E não sou de fazer prece.
Mas minha fé não esmorece
Nessa luta, tão mundana!
Eu sou de Jaguaruana,
Que faz rede de dormir,
A minha alcunha é Moacir,
Sou de origem africana.

AV:
No meu tempo de criança,
Eu assistia reisados,
Lendas de reis encantados,
Que não me saem da lembrança:
Os Doze Pares de França
Com turcos a pelejar,
Cantador improvisar...
E tudo me comoveu!
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

MM:
Rebuscando a tradição,
Eu me lembro de Trancoso
E do Pavão Misterioso,
Como marcas de um brasão,
Que simboliza a nação
Tão digna, desse lugar,
Que soube bem preservar
Tudo aquilo que era seu!
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

AV:
Lembro a famosa “Chegada
de Lampião no Inferno”
Um clássico, logo, eterno,
Por sua forma engraçada.
Lembro a Peleja inventada
De Aderaldo a travar
A língua, para enganar,
E o Pretinho se perdeu...
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

MM:
Está no livro da mente,
Todo escrito com a lembrança,
O passo de cada dança,
O segredo do repente!
E cada aboio estridente
Que se escuta, num cantar,
É a tradição popular
Que, pro povo, não morreu!
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

AV:
Quem bebeu água de pote,
Atirou de bolandeira,
Trepou-se na cumeeira,
Chamou turma de "magote”,
Chamou sapo de "caçote”,
Foi pra novena rezar,
Viu a fogueira estalar,
Em noite escura de breu...
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

MM:
Tem Mateus e Catirina,
Tem Jaraguá e Papangu,
Embolada e cururu,
Tem sanfona e concertina!
Tem até Festa Junina
Pra quem gosta de dançar!
E hoje eu vou te ensinar
O que não tem no liceu:
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

AV:
Tem quixó e tem preá.
Tem arataca e mocó.
Tem macumba e catimbó.
Tem batata e tem cará.
Jangadas, do Ceará,
Deslizando pelo mar!
Tem quenga, tem lupanar,
Tem Zé Ramalho e Alceu...
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

MM:
Procissão para Maria,
Na Igreja e no Candomblé,
A batida do toré,
Vodu e Feitiçaria,
Que revelam a magia
De um mosaico secular!
E que é preciso estudar
Do começo ao apogeu!
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

AV:
Relembre o Cego Aderaldo
E o Pinto do Monteiro,
Um professor verdadeiro
Do poeta Arievaldo...
Uma feijoada, seu caldo,
O compadre vai provar...
É um prato secular,
Que o africano nos deu.
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

MM:
A História, oral e escrita,
Nesse país de mistura,
É o que alimenta a cultura,
A popular e a erudita!
Coco, Frevo e Pau-de-Fita,
E saraus, pra te encantar...
Tanta coisa pra citar
Que encheria o Coliseu!
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

AV:
Folguedos da Cavalhada,
Papangu, Mineiro-pau,
Canjica, angu e curau,
Em bela noite estrelada!
Na fogueira iluminada,
Num fole velho a tocar,
Num violeiro a cantar
Cantigas que aprendeu!
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

MM:
O pastoril, o Xaxado,
Ciranda e Maracatu!
Um caldinho de aratu,
Um carneiro bem guisado.
Um alpendre ventilado,
E uma rede pra deitar
Olhando, de noite, o luar,
Que, lá em cima, apareceu!
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

AV:
Lembro do feijão tropeiro,
Do cuscuz com rapadura,
Da nossa Literatura,
Do cordel mais brasileiro!
Lembro o trovão de janeiro,
Quando a chuva vai chegar
No Nordeste, meu lugar,
Recanto que Deus me deu...
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

MM:
Todos os Cordéis da vida,
Cantorias do sertão,
As obras de um artesão,
Todo tipo de comida,
A tradição aprendida
Como sangue, a circular...
É que nos faz avançar
E descobrir nosso "eu"!
Se você já se esqueceu,
Eu vou te fazer lembrar.

Mote de Seu Ribeiro

sábado, 4 de abril de 2009

UM ABOIO ETÌLICO

Essa manhã nasceu azul e eu vomitei verde. Náuseas matinais são sinais de decantação, as coisas estranhas são regurgitadas, como se o estômago realizasse uma faxina interna. Minha boca pútrida é suavizada pelo creme dental barato e a água da torneira me batiza o rosto enfadado pelo sono. Meu dia ainda nem começou, por mais que o sol desfile no céu. Café da manhã? Um gole de conhaque, agora sim, o dia surgi-me com os seus primeiros brilhos. O cheiro azedo de bebida pelo corpo avisa-me que um banho demorado poderá, certamente, deixar-me novo. Para quem sabe mais uma ingestão de álcool.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Um dedo de Prosa dentro da poesia

DECLARAÇÃO DE AMOR AO SAFADO!

Teu céu é mais brilhante
Que um monte de tampinhas de Coca-Cola!

Os teus olhos são tão lancinantes
Quanto um bilhetinho de escola!

O teu beijo é indescritível e inexato
Dentro de um plano cartesiano!

O teu jeito covarde e ingrato
É o teu lado mais humano!

UM ABOIO

A crise do mundo e o mundo em crise!

Não se fala em mais nada! Crise, crise e crise... Daqui pra frente tudo será pior! De repente uma fagulha de raciocínio estala na minha cabeça: onde estavam os grandes gênios e executivos do mundo dos negócios que não previram essa catástrofe? Antes da crise, o que chamam de a grande bolha, via todos os gênios sorridentes prognosticando um período de prosperidade perpétua. O céu limpo da micro e macroeconomia afugentava qualquer probabilidade de uma tempestade, o capitalismo trotava nos campos financeiros como um corcel negro pujante. Parece-me que os gênios se esqueciam da maior essência da economia: “administrar racionalmente os recursos escassos” e esbanjavam rios de dinheiro em negócios obscuros e tendenciosos. A viseira da falsa bonança financeira adornava os olhos dos nossos gênios.
Quando a crise cravou suas garras no mundo, todos os gênios acharam uma explicação tardia para grande palhaçada financeira! E agora buscam lamber os pés dos governos suplicando dinheiro; o nosso dinheiro para reverter à situação. Como diz um amigo meu: “é muito bom errar com dinheiro dos outros, desse jeito qualquer um é executivo”. Eu apenas prefiro dizer: “Salve a minha ignorância!”

quinta-feira, 12 de março de 2009

Letras que podem ser musicadas

HOSANA A SANTANA

Ó salve a minha Sant'ana
Bendita que está no altar
O povo que tanto lhe ama
Entoa hosanas
Para lhe cortejar

Dou loas a mãe de Maria
Dou loas a avó de Jesus

Que sua graça conceda alegria
Pra aliviar a dor dessa cruz.