quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Um dedo de prosa dentro da poesia


ODE DECANTADA À MIRELLA

A saudade é lâmina deveras afiada
Que me rasga as entranhas por dentro
Um sentir que lateja bem no centro
Desta minha alma tão fragilizada
E como dizer o que sinto a ti?
Se o meu sentir é incomunicável
É uma sensação quase imensurável
Que rompe a barreira do discenir
Por isso te enamoro na ausência
Beijo-te no vazio, afago a memória
Lembrar de ti é a minha única glória
É quando garimpo minha consciência.

Mirella, meus olhos são sentinelas
Que te guardam dos perigos ocultos
Meus braços são âncoras robustas
Que te guardam das garras dos obtusos.

Não temas a minha insanidade poética
Meu jeito exótico e bucólico de ser
Meus reles discursos de subverter
Que entoo e grito de forma profética
O amor oculta-se em faces diferentes
Desprezando o previsível e a retidão
O amor é uma flor no jardim das mentes
Que exala o perfume do poema e da emoção
Poderia mostrar-te mil formas de amar
E te ofertar uma galáxias de soneto
Mas como o amor não é branco e preto
Deixo-te livre para poder o pintar.

Um comentário:

Mirella Costa disse...

Owwwwwwwww meu amorrrrrrrrrr!
Lembro-me desse seu poema. Ele faz parte das minhas boas e eternas lembranças do nosso início de namoro. Amo demais!
Saudades do meu nego!