quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

UM ABOIO

A vela da vida verte-se em espermacetes, por causa da força incandescente do tempo que nos abocanha sem distinção. Somos reféns de uma mortalidade que nos castra a possibilidade das coisas ao longo prazo. Há uma migalha de tempo para que a gente possa traçar um itinerário, possibilitando-nos realizar ações que crismaram nossa passagem terráquea sejam elas boas ou ruins. O fragmento de vida que nos é dado é subtraído em algumas mãos e multiplicado em outras; seja um dom divino ou não, a vida é antes de tudo uma chance ao espírito para poetizar sua história dentro da carne.

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