sábado, 4 de abril de 2009

UM ABOIO ETÌLICO

Essa manhã nasceu azul e eu vomitei verde. Náuseas matinais são sinais de decantação, as coisas estranhas são regurgitadas, como se o estômago realizasse uma faxina interna. Minha boca pútrida é suavizada pelo creme dental barato e a água da torneira me batiza o rosto enfadado pelo sono. Meu dia ainda nem começou, por mais que o sol desfile no céu. Café da manhã? Um gole de conhaque, agora sim, o dia surgi-me com os seus primeiros brilhos. O cheiro azedo de bebida pelo corpo avisa-me que um banho demorado poderá, certamente, deixar-me novo. Para quem sabe mais uma ingestão de álcool.

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