segunda-feira, 4 de julho de 2011

UM ABOIO


Fala-se na necessidade de um deputado estadual filho da terra, contudo essa iniciativa não nasce de um dia para o outro. O problema de algumas lideranças políticas que se candidatam ao cargo é que querem ia ao céu sem a prece, ou seja, não constroem um trabalho político conciso e querem que os eleitores embarquem nas suas lutas quixotescas. Quem trabalha com política sabe que uma liderança política a nível estadual tem que aglutinar ao seu redor força política de peso. Além disso, é preciso fazer seu nome na comunidade, na cidade e na região. Quando me refiro a fazer o seu nome não é fazer assistencialismo pirotécnico e nem estar na mídia local. Inicialmente é costurar parceria com lideranças locais, ser ponte de projetos sociais entre comunidades e governo, construindo laços políticos com nomes fortes no cenário político estadual e federal. A exemplo, das escolas de samba que começam a trabalhar para o próximo desfile na quarta-feira de cinzas. Os candidatos jaguaruanenses são iguais a peru de natal morrem de véspera. Mas por quê? Ora porque acham que a política só se processa nas vésperas e nas eleições, esquecendo que a política sobrepõe o tempo e o espaço.

Um grande exemplo que simplifica isso vem de um grande político chamado Luiz Inácio Lula da Silva, quando perdeu sua primeira eleição; sabe o que ele fez? Primeiramente ele entendeu que pouca gente o conhecia, não sabiam de sua história e nem tampouco entendiam seus planos políticos. Ali nascia a Caravana da Cidadania onde ele rodou todo o país se apresentando para o povo, inclusive esteve em Jaguaruana. Nessa viagem, ele nem se apresentava como candidato, mas sim apenas como um ativista das causas sociais. Não deu outra! Isso é lógica política!

Entendo que neste momento, aliás, em todos os momentos é primordial um representante de nossa terra genuinamente filho daqui, contudo não podemos colocar qualquer um só porque se diz filho de Jaguaruana. O buraco é mais embaixo! Tem que ser uma pessoa preparada, politicamente conciliadora e, sobretudo, democrática. Uma pessoa que não precisa de pirotecnia e nem esbanjamento de dinheiro para se mostrar que é o nome certo, contudo tem que ser presente – se possível onipresente. Que apresente uma plataforma de governo coerente (o que é mais difícil) e transmita confiança! Não adianta nessas horas dizer que um deputado jaguaruanense iria resolver alguma coisa; eu duvido. Já tivemos e nem por isso nossa cidade foi lembrada e muito menos beneficiada com alguma coisa; a história está aí para provar!

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