segunda-feira, 11 de julho de 2011

UM ABOIO

ONDE ESTÁ O EXEMPLO?



A famosa Lei seca é o apelido dado a Lei nº 11.705 de 19 de junho de 2008 que proíbe o consumo de álcool por condutores de veículo, quando este estiver dirigindo. Nos últimos tempos legisladores tem sido pegos pelos tentáculos invisíveis da dita lei e os mesmos, ainda que não se tenha comprovado os seus estados, recusaram-se a soprar no bafômetro. Alegações defensivas a parte, os legisladores tem demonstrado no mínimo um mau exemplo perante a opinião pública. O primeiro a ser pego fora o senador Aécio Neves, depois veio o Índio e por último nesse dias o Romário. Todos se recusaram a soprar o bafômetro, utilizando-se do pretexto legal de não produzirem provas contra si; algo plausível. Mas como diz aquele velho adágio: é legal, mas não é moral. Os legisladores estavam dentro de seus direitos legais quando da recusa, contudo que eles como os construtores da lei (inclusive daquele em que foram acometidos) deveriam pautar-se pelo bom exemplo, afinal os cidadãos brasileiros precisam se espelhar nos homens públicos para obedecer à lei. Os homens públicos devem seguir a lei com retidão, demonstrando ao cidadão que as leis existem para serem cumpridas desde que atendam o bem comum.

Agora já pensaram se todos se recusarem a soprar no bafômetro e pior que isso: se todos começarem a achar que lei não é para ser cumprida! Hoje é uma recusa de soprar no bafômetro, amanhã é uma quebra dos direitos humanos. Se nossas leis são falhas é porque temos homens públicos falhos. E se os homens públicos dão um exemplo de desobediência legal, com certeza o país pode a qualquer momento entrar num colapso jurídico.

Aos legisladores é bom não esquecer que mesmo tirando o paletó, o status de homem público não cai e o principio da moralidade lhe segue como uma sombra sob a luz.

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