O ÚLTIMO CÂNTICO DA TRIBO (SONETO AO ÍNDIO MORENO)
Ó maio lívido que escapa das minhas mãos
Velastes o último cântico do Índio
Que agora parte para a tribo de Tupã
Deixando-me refém de uma saudade.
Ó maio covarde, não deixaste meu adeus!
Ao Índio Moreno de versos tão alvos
Ao velho Herculano tão novo nos olhos
Ao poeta esquecido em sua tribo.
Ó maio sombrio, acendas uma luz
Sobre a cidade minúscula e dormente
A terra que o Índio sempre cantou
Ó maio assassino, registras o que digo
E entrega ao majestoso vento-leste
As lembranças poéticas desse Índio.
Um comentário:
Emocionei-me ao ler este poema...
Morran, vc é fora do normal, sabia?
Amo a tua poesia...
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