quinta-feira, 31 de maio de 2007

HOMENAGEM AO POETA RAIMUNDO HERCULANO

O ÚLTIMO CÂNTICO DA TRIBO (SONETO AO ÍNDIO MORENO)


Ó maio lívido que escapa das minhas mãos
Velastes o último cântico do Índio
Que agora parte para a tribo de Tupã
Deixando-me refém de uma saudade.

Ó maio covarde, não deixaste meu adeus!
Ao Índio Moreno de versos tão alvos
Ao velho Herculano tão novo nos olhos
Ao poeta esquecido em sua tribo.

Ó maio sombrio, acendas uma luz
Sobre a cidade minúscula e dormente
A terra que o Índio sempre cantou

Ó maio assassino, registras o que digo
E entrega ao majestoso vento-leste
As lembranças poéticas desse Índio.

Um comentário:

Mirella Costa disse...

Emocionei-me ao ler este poema...

Morran, vc é fora do normal, sabia?

Amo a tua poesia...