sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um dedo de prosa dentro da poesia!


NÃO TENHO CULPA DE SER ASSIM!

Eu vejo palavras flutuar no infinito
Além dos seus gritos e gemidos de dor
Além do além que se finda nos versos
Que se expandem no universo do cantador
Sou astrolábio nos lábios do céu
Medindo o incalculável improviso
Sou inteiro, metade, parcela
Montado na sela do meu pouco siso

Cantem benditos
Dramas, pastoris
Coroem o reisado
Revelem os mil Brasis!

Eu rezo na igreja pro meu orixá
Eu leio o Torá lá no meu terreiro
Sou branco, sou índio, sou negro
E dizem por aí que sou brasileiro
O mapa que trago na minha mão
É coisa de chão que me faz e me reveste
Dizem que eu sou Brasil
Porém mais do que Brasil: sou Nordeste!

Cantem benditos
Dramas, pastoris
Coroem o reisado
Revelem os mil Brasis!

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