quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

DIÁLOGOS CORDELESCOS

Moacir –
Vou falar do seu reverso
Na cadência do improviso
Vou dizer os apelidos
O tamanho do seu siso
A sua vida e o seu trabalho
Vou falar o que é preciso.

Diabo –
Mas não é por falta de aviso
Que a derrota lhe cai bem
No jogo de improvisar
Sou veloz que nem o trem
E cantador da sua raça
Eu peneiro com xerém.

Moacir –
Não vale nem um vintém
O seu talento e sua fama
O peso da sua poesia
Não mede nenhuma grama
O seu nome tá perdido
E sua honra tá na lama.

Nenhum comentário: