quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Um dedo de prosa dentro da poesia

O cheiro de fezes está em minhas flores
Há açúcar nas minhas palavras de dores
Meu poema é uma grande janela aberta
Com erros nos versos faço a poesia certa

A imensidão poética é a minha solidão deserta
E o improviso entranhado na mente me flerta
Arrancando-me as feridas e todos rancores
Fazendo beber na vida de todos os licores

Ah! É isso sou um alcoólatra das palavras!
Um mendigo do verso malfeito, mas comestível
Um incrédulo que respeita e louva o Santo Deus

Que conhece o povo de Israel e os filisteus
Amante do desafino, da coisa que desentoa
Do poema moleque e de uma prosa boa.

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