sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

DIÁLOGOS CORDELESCOS

Moacir –
No calor desse repente
Eu já tô cuspindo brasa
O cantador que não agüenta
Recomendo: vá pra casa!
Apronto o lombo meu amigo
Por que a minha pisa é rasa.

Diabo –
A minha poesia extravasa
E dá um giro no planeta
Mas a sua lira é capenga
O seu verso é tão zambeta
Você parece um gambá
Um caboré de chupeta.

Moacir –
Senta o pau! Ó seu capeta
Porco sujo, Ferrabrás
Capiroto, Barzabu
Pé-de-cabra, Satanás
Mequetrefe, não-sei-que-diga
Bicho-preto e bebe-gás.

Diabo –
Vá com calma meu rapaz
Não precisa avacalhar
É que o povo do Nordeste
Gosto muito de mangar
Já me deram tanto nome
Que não sei nem mais contar.

Moacir –
Tinhoso pra começar
Capa verde e Futrico
Gato-preto, Arrenegado
Fedegoso e Maçarico
Canheta, Tição, Tisnado
Feiticeiro e Zé Penico.

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