terça-feira, 11 de dezembro de 2007

UM ABOIO

Aquele punhal frio podou-me as asas áureas das alucinações que me fertilizava os sonhos. Um anjo negro, extremamente feio, magro, torto e etílico com nome e sobrenome de pobre. Sou feliz, e esse é o único motivo que fez sobrevoar por sobre lugares e em todos eles conhecer a maravilha desse mundo. Fortaleço-me com as energias das pessoas com seus trejeitos, suas conversas e seus atos simples, se o mundo prestasse mais atenção para essas coisas talvez à vida seria um pouco mais confortante. Mesmo cortando minhas asas, não deixo de voar. O ato de voar vai muito além do bater de asas, é verdadeiramente entregar-se ao ar, desse ponto podemos ver que se entregarmos a vida ao bem e ao ar poderemos ver o verdadeiro contorno do mundo; um mundo sem a maquiagem hipócrita dos humanos.

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