sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

DIVINA COMÉDIA URBANA

CIDADE ALCOOLÁTRA


Um cálice de absinto
E eu sinto o gosto desse asfalto
Nas distorções dessa cidade retilínea.

Duas taças de conhaque
E eu de fraque e chinelas japonesas
Descabelo toda a high-society.

Uma garrafa de vinho tinto
E essa cidade me envolve num labirinto
Cujo Minotauro move-se pelos concretos.

Algumas doses de cachaça
E a desgraça copula com a minha paciência
Bem no meio da Praça do Ferreira.

Nenhum comentário: