CIDADE ALCOOLÁTRA
Um cálice de absinto
E eu sinto o gosto desse asfalto
Nas distorções dessa cidade retilínea.
Duas taças de conhaque
E eu de fraque e chinelas japonesas
Descabelo toda a high-society.
Uma garrafa de vinho tinto
E essa cidade me envolve num labirinto
Cujo Minotauro move-se pelos concretos.
Algumas doses de cachaça
E a desgraça copula com a minha paciência
Bem no meio da Praça do Ferreira.
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