sexta-feira, 6 de maio de 2011

Um dedo de prosa dentro da poesia!


A TAL DA PAZ!

Será que a paz virá do sangue jorrado?
Das feridas abertas e inflamadas das almas?
Do cheiro da pólvora e a truculência do canhão?
Dos tratados e acordos que legitimam o revide?

Será que ela virá da explosão do homem-bomba
Das contendas religiosas que se comportam como heréticas?
Dos deuses enfurecidos e domados pelos sentimentos humanos?
Ou da nossa surdez que não nos deixa ouvir o outro?

A paz hoje é uma semente numa terra infértil
Tornamo-nos estéreis, incapazes de lavrar a paz
Ainda que seja dentro de nós mesmos!

A paz é um emplastro intragável
A paz é um alucinógeno que não dar nóia
A paz é uma parábola inaudita!  

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