quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um dedo de prosa dentro da poesia!

Eu não preciso da tua primavera para tornar-me orquídea
Nem do verão para me bronzear com o sol dos teus olhos
As chuvas de teu inverno não enchem meus açudes
O teu outono só tem me dado frutas miúdas e amargas
Deixe-me aqui mergulhado nos lençóis, postergando a manhã
Quero a deserção de tua órbita,
                                             afastar-me de teu campo gravitacional
Copular com as estrelas
Escorregar nos anéis de saturno
Perder-me em Júpiter
E devorar Plutão
Quero reescrever a minha própria astronomia.

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