segunda-feira, 23 de maio de 2011

Um dedo de prosa dentro da poesia!

LAMENTOS DE UM ANTROPÓFAGO!


Há um cálice sobre a mesa com o teu sangue
Que só beberei nas horas sombrias e mortas
Orando sobre o teu túmulo dentro de mim
Incorporei a tua alma ao comer tuas vísceras

Sussurrando versos oníricos de maldição
E esquartejando a tua genitália miúda
Sob o pentagrama da minha sala de jantar
Ó vida pútrida que nos orna a carne

A morte é a única via que nos fortalece
Descarnar-nos dessa couraça de dor e lamentação
Arrebatando-nos para um grau maior

Seja para o inferno, seja para o Éden
Estou exaurido de tomar almas
E eu hei de deitar no colo da morte!

Nenhum comentário: