quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um dedo de prosa dentro da poesia!

SONETO AOS ANTROPÓFAGOS INCULTOS
Na proa de minha nau vai uma carranca
Para espantar os antropófagos incultos
Esses espíritos dissolutos na névoa branca
Que buscam me rebaixar com seus insultos
Não temo esses fantasmas ocultos
Decrépitos, amargurados e cheios de pelanca
Entre eles a minha arte miúda alavanca
Sem estardalhaços, escândalos e tumultos
Como o sol que desfila no céu sertanejo
Como a moça que no silêncio ardente
Sacia cada migalha de um desejo
Na marcha compassada e lentamente
Como mestre que dentro de um ensejo
Faz nascer a poesia no tempo presente.

Nenhum comentário: