sábado, 14 de agosto de 2010

UM ABOIO

Ali estava eu sentado sobre a minha insignificância, hipnotizado pela tela rútila do computador; minha caravela dentro da “internet”. De repente, três toques fortes na porta. Ao abrir a porta, um senhor distinto de passeio completo. Automático disse: “sim”. “Queira me perdoar, eu me chamo cultura, posso entrar”. Meio cabreiro permite sua entrada, oferecendo-lhe o único assento que tinha. Ele acomodou-se, cruzou as pernas e mirou-me nos olhos: “Tem alguma bebida a oferecer as visitas?”. “Tem cachaça? Serve para um homem tão alinhado”. “Claro que sim”. Peguei a bebida e a ofereci num copo americano. Então perguntei: “você disse que era quem mesmo?”. Depois de um golpe abrupto: “Cultura, bem acho que já hora de dizer o motivo da visita”. “Eu também”. “Bem, eu estou querendo muito uma mulher”. “Sim, sei”. “Mas ela me esnoba, nem liga para mim. Eu amo e queria muito ficar com ela”. “Ok, mas o que eu tenho a haver com isso”. “Você a conhece”. “Eu a conheço?”. “Com certeza, o fato é que eu preciso de você para se aproximar dela. E afastar uns carinhas que só a querem por interesse”. “Ela é rica?”. “Riquíssima, você que é próximo dela sabe muito bem”. “Eu sei?” sorri. “Pois é, você tem que me ajudar, eu quero está próximo dela, mas no momento tem sido difícil essa aproximação”. “Sim e o que eu tenho fazer”. “Seja você e você me ajudar muito. Jogue a sua semente nessa mulher e eu triunfarei!”. “Agora que o negócio enrolou, eu não estou entendo patavina”. “Faça o que estou dizendo”, falou retirando-se em direção a porta. Antes que fechasse a porta, fiz uma última pergunta: “Quem essa mulher? Qual o seu nome?” E ele me respondeu com uma voz distante: “Jaguaruana”.

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