sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

UM ABOIO

FORA ANDROGINIA!


Vivemos tempos movediços, nada mais é facilmente decifrável. Talvez nunca tenham sido, mas o grande cerne da questão que quero levantar está ligado principalmente à androginia, cultuada como perfil ideal de estética. O mundo todo tem caminhado para uma indefinição de aparência entre masculino e feminino. O dualismo estético do binômio homem e mulher vem sendo extirpado para uma unicidade que realmente me assusta. Não que eu me enquadre na ala dos retrógados, para mim a discussão transcende isso, mas certamente vejo algo periclitante nisso tudo. Na minha óptica, a androginia é um artifício antinatural. É como se alguém ou alguma organização tivessem a intenção de estabelecer uma paridade sexual, com uma finalidade recôndita que minha medíocre inteligência ainda não conseguiu desvendar. Eles querem semear a interrogação aonde antes tudo era nítido. Vale salientar que também não é a minha intenção atacar o homossexualismo ou bissexualismo, que em alguns casos cultuam também a androginia. A minha preocupação é essa louvação exacerbada pela unicidade sexual misteriosa; uma espécie de pseudo-hermafrodita, que em nada nos acrescenta como essência humana. A diferenciação genética é fato, esses mecanismos naturais sobrepujam o nosso raciocínio e tem uma relação com equilíbrio da natureza. Não é questão de moralismo ou puritanismo nas suas formas mais toscas, mas sim uma negação obtusa da naturalidade e da biologia que nossa sociedade tem promovido através dessa nova tendência.
Talvez minha origem rude não me deixe ver a intenção benéfica da androginia a qual não consigo identificar com tanta clarividência. As organizações que incentivam esse novo modelo estético tem se balizado tão somente nos lucros vindouros. É o que eu vejo! Eu sou devoto da diferença e das singularidades que cada um de nós carrega dentro de nós. E que elas sejam exibidas e anunciadas aos quatro ventos, porque o que nos une é a diferença! Somos como imãs que se afastam quando suas polaridades são idênticas. Essa unicidade de aparências que as tornam confusas e propiciam uma ilusão de óptica não me interessam, são coisas supérfluas e que há opacidade nas suas intenções. Fora androginia!

Um comentário:

Mirella Costa disse...

Um ótimo texto, meu amor! Eu também sou contra ao que não se consegue identificar e/ou decifrar.