segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

UM ABOIO

UMA ANÁLISE DA POLÍTICA DE JAGUARUANA


Antes de se ater ao tema política é justa e necessária uma conceituação, ainda que superficial, percebe-se essa necessidade porque as pessoas na sua maioria confundem política com politicagem, amalgamando-as em só sentido semântico. A política refere-se à arte e/ou ciência ligadas à organização, estruturação e administração do Estado, a origem da palavra é grega e está arraigada aos procedimentos adotados dentro das Polis (cidades-estado), exemplo de cidadania e democracia para a época. A importância da política em nossa vida social transcende qualquer contorno que lhe for auferido, seus efeitos nas relações sociais são imensuráveis. Estreitando-se no âmbito dessa temática e restringindo-se aos efeitos da política na cidade de Jaguaruana, literalmente, adentramos num campo minado. A história política de Jaguaruana é quase inexistente, resumindo-se a uns poucos vultos suprimidos pela oligarquia coronelista que até hoje reina com feições mutáveis com o tempo. Tempos atrás, a cidade resumia-se a politicagem no seu sentido literal polarizado em dois grupos: bigode e chapéu. Sendo o bigode o grupo que ficou quase uma eternidade no poder, personalizado na figura de Chico Jaguaribe (muito bem retratado no trabalho cientifico do Mestre Francisco Antônio da Silva). Categoricamente, afirmo: foram épocas de treva extrema! Fraudes eleitorais, pistolagem, perseguição política, assistencialismo, clientelismo e um atraso teratológico. Depois vieram outros incapacitados e a palavra política tornou-se um palavrão que causava repulsa até o mais intelectual da cidade. Constata-se ainda hoje nos discursos esse apego ao arcaico e deplorável modo jaguaruanense de fazer “política”, coloca-se entre aspas porque política nunca fora isso que sempre pregaram aqui. Uma ruptura nessa situação execrável só acontecerá com sangue novo, sem vícios politiqueiros dos nossos abomináveis ancestrais, mas que não se engane que a velha oligarquia é camaleônica. Andam pairando novos coronéis intitulados salvadores da pátria em Jaguaruana, ofertando benesses supérfluas e distribuindo afagos. Aquele velho truque politiqueiro que é moda aqui e conhecido como: “pane et circus”. Ao fim disso tudo e se analisarmos o conceito de política e olharmos se em Jaguaruana há isso, categoricamente todos dirão que não. Diante disso, o jeito é torcer por um sangue novo, mas falo sangue novo mesmo! Que nos faça respirar a palavra política na sua essência mais pura.

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