ANTROPOFAGIA URBANA
Meus nervos estão banhados de concreto
Minha pele é a epiderme do asfalto
Tenho me encarnado na cidade
E cidade tem se encarnado em mim
Sinto os meus passos nas marcas dos pneus
Sinto minhas tripas nos ruídos do motor
Sinto meu bafo expelido da sarjeta
Sinto meu “eu” em cada transeunte
Cada dia, penetro na cidade
E a cidade entranha-se em mim
Não sei até onde vivo essa voracidade
Uma antropofagia à tupiniquim.
Um comentário:
Muito bom o texto.
tou registrando minha passagem nesse universo
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