quarta-feira, 31 de março de 2010

DIVINA COMÉDIA URBANA

INTERIOR DE SANGUE E CIDADE CONCRETO

Encarno-me de domingo de ramos na segunda

A saudade das coisas interioranas

Deixa-me um tanto diminuto

Mas é que quando você é do interior

O teu corpo é sangue, carne e suor

Hoje refém da cidade do medo

Meu corpo é de ferro e concreto

E se estou certo, sinto-me um edifício

Gosto das seduções citadinas

Mas a simplicidade provinciana

É a tônica do meu amor maior

A essência da minha alma podre

Quero ser sereno

Como uma tarde de domingo no interior!

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