quinta-feira, 10 de junho de 2010

Um dedo de prosa dentro da poesia

----- I -------
Meu coração é rio pelágio
Correndo pro mar dos olhos
Meu rio repousa nos teus abrolhos
E eu canto essa música que parece um plágio
Serei eu sereia
Ou metade dessa areia
Com vontade de ser duna
Serei eu uma noite soturna
Querendo um dia de sol
Serei eu a tal aurora
Confundindo-se com o arrebol.
----- II ------------
Meu coração é uma via de mão dupla
Com a dúbia sensação de sentimentos
Minha via culmina nos teus pensamentos
E a vida é tão extensiva quanto um “upa!”
Serei eu saída
Ou entrada para o nada
Uma alta estrada perdida
Totalmente engarrafada
Com a cabeça deverás vazia
E a alma envenenada.

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