SONETO AO AMIGO QUE DESENHAVA NAS NUVENS
Ao amigo Marcelo do Giqui
Quantos dos meus amigos iram ao além-túmulo
Sem que eu possa afagar as suas faces dormentes
Lembrando aqueles dias regrados com dor e húmulo
Das lembranças guardadas no crisol das mentes.
Quantos hão de ir ao vale do que é indecifrável
Em que a esfinge devora a nossa convicção
Deixando-me incompleto e mais insustentável
A esperar minha hora naquela estação.
E o que resta na vida é crer nessa amizade
Que supera a muralha de qualquer castelo
Derrubando a masmorra da mortalidade
Cunhando no meu peito o que há de mais belo
Na essência singular desta humanidade
Ficando o meu “até logo” ao querido Marcelo!
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