terça-feira, 20 de abril de 2010

Um dedo de prosa dentro da poesia!

A harpa do arrojo fora deixada de lado
Encoberta pela poeira espessa da hipocrisia
Jogaram-na no sótão das nossas mentes
Através dos discursos atávicos que não nos cabe
Defequem sobre essa polidez; essa coisa correta
Essa superficialidade que se imprimi no dia-a-dia
Antes que qualquer ação politicamente correta
É preciso, antes de tudo, submeter-se a essência
Ainda que ela se apresente na podridão de nosso ser.

Não somos bons o bastante para treinar o olhar
Apavoramos-nos ante o que não é natural
Ainda que o natural nem saibamos medi-lo

Mas não me peçam que seja imparcial
Torne-me inodoro, incolor e insípido
Minha alma párvula não atingiu esse nível

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