quinta-feira, 18 de outubro de 2007

UM ABOIO

As minhas lágrimas são afluentes de um rio chamado: Saudade. Quais os contornos desse sentimento que nutro no coração? Que vontade incorpórea é essa de derramar meus desejos sobre um corpo. Um cigarro aceso, um cinzeiro, um cálice seco e a sede nos olhos. A bebida da saudade é o beijo e a bebida do beijo é a saliva. Sinto-me como Plutão distante, recolhido na frieza do silêncio, equilibrando-se a beira do abismo do esquecimento. Eu aceito o desprezo, mas nunca o esquecimento! Tenho calafrios só de pensar que um certo alguém me apagou de sua vida. É desastroso! O esquecimento é anulação da existência. E se esse alguém é quem amo, é como se eu fosse sepultado em vida.

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