Ao Grande Paulo Autran
Há naquele proscênio uma tristeza
Avivada pelas luzes da ribalta
Já não vejo o olhar da alteza
Só percebo ali a sua alma peralta
A energia de sua arte e seu talento
Embriagar-me com uma saudade retida
Busco devorar aquele momento
E apagar de mim aquela partida
Ó Paulo, não se vá sem minha reverência
Não me deixe sem um “até a vista!”
Sei que o homem morre, mas não o artista!
Então viva, viva na minha consciência
Amparado pela grande luminescência
De sua capacidade deverás pluralista.
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