sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

É Treze por doze (Peleja de Moacir com o Diabo)
Parte 4
DIABO:
Quando canto o meu repente
Pega fogo na floresta
O planeta se abre em festa
O sertão nadar na enchente
Mas já sua arte é deprimente
Não valendo nenhum réis
É treze por doze, é onze por dez
É nove por oito, é sete por seis
É cinco por quatro, mais um
Mais dois e mais três...
Tenho a força de Sansão
Sendo um grande charlatão
O cantando de vocês.
MOACIR:
Quando começo a cantar
Espoca o sol e cai a lua
A lira sai pela rua
A prosa bebe no bar
E quando é seu versejar
O mundo sofre um revés
É treze por doze, é onze por dez
É nove por oito, é sete por seis
É cinco por quatro, mais um
Mais dois e mais três...
Sou Sargento e você cabo
Vou cortar o longo rabo
Do cantador de vocês.

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