sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DIÁLOGOS CORDELESCOS

É Treze por doze (Peleja de Moacir com o Diabo)
Parte 7
DIABO:
Não me morda o calcanhar
Que eu não vou morder o seu
Eu não gosto de plebeu
De uma origem tão vulgar
É melhor você calar
E vá fazer os seus galés
É treze por doze, é onze por dez
É nove por oito, é sete por seis
É cinco por quatro, mais um
Mais dois e mais três...
Pense num cabra mofino
Se requebra e fala fino
O Cantador de vocês.
MOACIR:
Eu sou pedra no sapato
Uma mosca na sua sopa
E você é pano de estopa
Cozido de pé de pato
Aquilo que enterra o gato
Faxineiro de convés
É treze por doze, é onze por dez
É nove por oito, é sete por seis
É cinco por quatro, mais um
Mais dois e mais três...
Tou do lado de um nojento
Tolo, pobre e lazarento
O cantador de vocês.

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