quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

UM ABOIO

Quando a educação vai entrar na pauta das esferas públicas do governo? O resultado do PISA – um Programa Internacional de Avaliação Comparada que avalia os índices de educação dos alunos das redes públicas e particulares de ensino no país e no mundo – recentemente divulgado derruba a mentira dos governos quando dizem que a educação é prioridade. Os números demonstraram a incapacidade escabrosa dos governantes na área mais estratégica para o desenvolvimento. Todos se defendem e passam a culpa para uma esfera superior, o culpado sempre é um ente oculto.
O Ministro da Educação Fernando Haddad, em um discurso pouco eufórico, disse que o investimento da educação tem que ser elevado para sanar alguns males que norteiam as nossas escolas. Contudo, acredito, que o simples aumento dos investimentos na educação não logrará êxito, se não houver uma gestão inteligente dos recursos e de qualidade. A rede pública de ensino tem que passar por um choque de gestão e de estrutura. As escolas têm que ser confortáveis e atraentes, não
se podem admitir aquelas escolas sujas e deterioradas comumente vistas no interior, sobretudo, do Ceará. O ambiente escolar deve ser um lugar aonde o aluno tenha, antes de tudo, prazer em freqüentar e não um martírio. Dentre outros, não se precisa citar as fragilidades e os anseios das redes públicas, os que trabalham dentro das escolas sabem muito melhor disso. Outro fato é que o Governo Federal deveria gerenciar todas as categorias educacionais: fundamental, médio e superior. Todo professor deveria ser um servidor público federal com privilégios maiores que muitos cargos. Os governantes só defendem a valorização salarial dos professores, contudo isso por si só não motivam. É necessário conceder privilégios específicos para quem exercem o magistério.

Não era necessário do PISA para se ver a nossa deprimente educação, simplesmente é só o Presidente, o Ministro, o governador e os secretários de educação saírem de seus gabinete e visitarem esse Brasil de caboclo, de mãe Preta e pai João.     

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