quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

UM ABOIO DE UM SAMBA DE UM NOTA SÓ

O DIA NACIONAL DO SAMBA
O samba é ritmo genuinamente brasileiro com raízes africanas, segundo alguns historiadores a palavra samba deriva de corruptela africana “semba” que significa umbigada. Deve-se salientar que o termo samba tem característica genérica e nomeia vários ritmos e danças pelo país. O dia 2 de dezembro na verdade é uma homenagem ao samba carioca, criado pelos negros que se refugiavam nos morros. Enquanto os salões se deleitavam com os ritmos e as danças européias, os morros eram tomados por um ritmo cadenciado pelo batuque, as cordas dos violões e cavaquinhos; coisa de marginal como era conhecida na época. A cidade virava as costas para o ritmo que tempo depois se tornaria o símbolo-mor de toda uma nação. Graças a pessoas como a Tia Ciata (Hilária Batista de Almeida) e tantos outros que bravamente perpetuou uma tradição deverás fascinante e nascida das
camadas menos favorecidas do país.
Antes dos morros, o samba acontecia nos rituais dos escravos nas senzalas espalhada no Brasil, sobretudo no Recônvaco Baiano. É uma cultura secular que por conta do grande preconceito racial só veio alcançar notoriedade em 1917, resultante do grande sucesso da música “Pelo telefone” de Donga e Mauro. Com a “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso, uma espécie de Hino Nacional não-oficial, o samba se internacionalizou e promoveu o país. O samba tornou-se o rótulo do Brasil. Contudo o governo brasileiro só veio considerar o samba patrimônio cultural da nação no ano de
2007.

Hoje, o baticum peculiar do samba é conhecido por todos os brasileiros e respeitado mundialmente. É tido pelos movimentos negros como um símbolo da resistência no país, sobrepujando o preconceito e a petulância de uma elite que nunca aceitou a verdadeira integração cultural das raças.  

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