VOMITANDO ZÉ LIMEIRA
Morei por dez anos no bucho da gata
Comendo bemóis, estribilhos e cantos
Sou bardo herege de todos os santos
Que a lira singela do peito desata
Sou homem que acorda, virando barata
Sentando no alpendre do meu recordar
Quem hoje sorrir amanhã vai chorar
Sou parte daquele boneco de pau
Que chora no pano, pedindo mingau
Nas ondas ingênuas das coisas do ar.
Morei por dez anos no bucho da gata
Comendo bemóis, estribilhos e cantos
Sou bardo herege de todos os santos
Que a lira singela do peito desata
Sou homem que acorda, virando barata
Sentando no alpendre do meu recordar
Quem hoje sorrir amanhã vai chorar
Sou parte daquele boneco de pau
Que chora no pano, pedindo mingau
Nas ondas ingênuas das coisas do ar.
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