segunda-feira, 4 de junho de 2007

DIÁLOGOS CORDELESCOS

GALOPE DO MEU (UNI) VERSO MALDITO (MAU DITO) – TERCEIRA PARTE

A banha do tejo, pomada e xarope
Um chá de zabumba, macela e cideira
Um velho soprando a fumaça brejeira
Jumento calado no lento galope
Meu verso é ligeiro, pequeno ciclope
É o vento que vem e que me faz flutuar
É canto rural duma chuva a molhar
O verde do mato e o regato a correr
Meu verso dá vida ao que está pra morrer
Cantando galope na beira do mar.


A moça-donzela esperando um marido
O cheiro nativo do pau marmeleiro
Feitiço bem feito por um macumbeiro
Amasso no escuro, fazendo o proibido
Saudade da terra, meu berço querido
Quadrilha na roça, pra gente dançar
Fogueira tão viva pra gente pular
Na noite do santo que grande alegria
Espero momento da minha simpatia
Cantando galope na beira do mar.

Nenhum comentário: