AUTO-RETRATO
Eu sou um poço de contrariedades
A mediocridade é quem aduba
O campo cefálico de minha arte
Sou frágil, fêmea e fraca
Isso tudo alimenta
A pujança recôndita nas minhas palavras
A dor que tece dentro de mim: o orgasmo
A pujança recôndita nas minhas palavras
A dor que tece dentro de mim: o orgasmo
Vivo o imperceptível palpável
No pesadelo gostoso de viver
Quero o sabor do poema inaudito!
O som do poema insípido!
No pesadelo gostoso de viver
Quero o sabor do poema inaudito!
O som do poema insípido!
Sou poeta que nunca fui
E nunca hei de ser
Só levo aqui comigo
a maldição
De me contorcer entre palavras
versos,
ações,
orações,
omissões e confissões
entre rimas ou não
na busca de dizer algo
que eu nem sei o que é...
E nunca hei de ser
Só levo aqui comigo
a maldição
De me contorcer entre palavras
versos,
ações,
orações,
omissões e confissões
entre rimas ou não
na busca de dizer algo
que eu nem sei o que é...
Nenhum comentário:
Postar um comentário