segunda-feira, 25 de junho de 2007

Um dedo de prosa dentro da poesia!

IMPROVISO HENDONISTA


Há uma névoa nas palavras das pessoas
Uma entrelinha turva de obscenidade
Mesmo quando se dirigem a coisas sagradas
Sinto o sexo e o prazer nas intenções mais puras
Nas frases mais broxantes
Tudo é afrodisíaco
Até o cheiro de carne podre!
Até o vazio das frases
Até os corações errantes
Que tropeçam pelas ruas
Tudo nos leva ao lúbrico
Ainda que o lúbrico não seja sentido.

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