segunda-feira, 26 de novembro de 2007

DIÁLOGOS CORDELESCOS

PELEJA DE MOACIR COM O DIABO


Diabo –
O meu cantar é estrondoso
Virulento e letal
Vou pra frente, vou pra trás
No mundo não tem igual
Eu sou homem aclamado
Sou um cantador magistral.

Moacir –
Também tenho cabedal
Pra compor e pra cantar
Faço versos de improviso
Bem à moda popular
Não há ninguém no planeta
Que possa me acompanhar.

Diabo –
Não souberam procurar
Esqueceram do meu nome
Sou melhor de todo mundo
Sou cantador de renome
E você não canta nada
Você sabe passar fome.

Moacir –
Você não tem sobrenome
Só sabe falar besteira
Mas isso é tão natural
Para um filho de rameira
Que na vida tem tentando
Tampar o sol co’a peneira.

Diabo –
Vou curar a sua cegueira
Com o meu pau de jucá
Vou carimbar teu espinhaço
Seu besouro mangangá
Quero ver você quebrado
Cabeça de carcará.

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