terça-feira, 6 de novembro de 2007

UM ABOIO

QUERO A CULTURA DE PAZ!

No mínimo sorumbático. Ultimamente, as pessoas andam buscando a cultura da barbárie, sobretudo os citadinos que moram nos grandes centros urbanos e capitais, e entre os jovens essa procura é ainda maior. Os grandes centros urbanos, como Fortaleza, dispõem facilmente de lojas que propagam vergonhosamente essa cultura, contribuindo diretamente com os altos índices de violência na juventude e conseqüentemente no meio social. Os punhais, soqueiras ou manoplas, insígnias sinistras que por si só transmitem a violência e filmes de duelos de vale-tudo são mercadorias ao alcance de qualquer um. Particularmente, eu vejo tudo isso com bastante desconfiança e creio que o governo e as autoridades com força de política deviam desinibir tal comércio. Andei freqüentando espaços desse tipo e fiquei estupefato em perceber a diversidade do horror, uma visita inocente e você sai daquele antro um verdadeiro matador. Além disso, pude ver uma geração toda fascinada com aqueles produtos quase numa sensação de êxtase. Hoje ser bárbaro é estar na moda, é seguir a tendência de um mundo estúpido e irracional. Sinto-me quadrado; um estranho no ninho. Nunca aprendi a brigar, evito por medo entrar em confrontos violentos. Não nego, cultivo o medo, sou fraco e um degradado dentro de uma sociedade belicosa.

Ao perceber essa tendência incontrolável pela cultura de barbárie, lembro-me da filosófica nietzschiana que já tratava desse assunto com maturidade. Hoje todas as vertentes sociais falam de violência com maestria, metem o bedelho nesse assunto, despejando suas criticas e seu inconformismo. Contudo, muitas dessas vozes são pais que até estimulam essa cultura de barbárie que iguala o negro pobre da favela com o branco da classe alta, independente de suas condições sociais. Ataca o problema da violência que está ligada umbilicalmente à insegurança não se dar apenas através de transformações sociais profundas como educação, saúde, distribuição de renda e/ou trabalho. Se fosse uma questão social, não haveria meninos de classe média e alta propagando a violência. As transformações não devem ficar simplesmente no campo sociológico, temos que transpor! Transformar o campo cultural e psicológico. Encarar a violência de frente, mergulhando fundo nas relações sociais dentro e fora das famílias, decepar a cultura de violência e enaltecendo uma cultura de paz. Creio que se começarmos por esse caminho, dessa forma, poderemos realmente principiar uma mudança constante e definitiva na erradicação da violência, promovendo a paz na sua mais bela expressão.

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