quarta-feira, 12 de setembro de 2007

UM ABOIO

As palavras desatam-se da boca e levitam nos ares. As palavras camuflam-se em símbolos gráficos e aglomeram-se em vernáculos, transcritos nos papéis, muros e qualquer uma superfície que pode ser escrita. As palavras foram o verdadeiro divisor de águas para a raça humana, no âmbito de uma comunicação ampla e perfeita. Já não se pode postergar essa herança de nosso convívio social e nem reduzir sua grandeza no fluxo de comunicação. Com advento da Internet, as palavras ressurgiram como uma fênix que eclode das próprias cinzas. Até pouco tempo éramos devorados por uma linguagem verbal, as palavras resumiam-se a sons meramente vagos e simplórios que advinham dos programas televisivos. Minha geração não sentia as palavras em toda a sua plenitude e nem agregada aos recursos lingüísticos que temos, não havia acesso a livros, jornais e inúmeras fontes de consultas disponíveis na oceânica rede de computadores. Sei há distorções, verdadeiros homicídios a lingüística, mas convenhamos que o mundo hoje democratizou ainda mais a informação e nos proporcionou uma réstia de luz, através da palavra, para escaparmos da extinção.

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