quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Um dedo de prosa dentro da poesia

SONETOS ERÓTICOS

CANTO SEGUNDO


Nossos gametas convergiam-se num ritual
Regrado a vinho, palavrões e carícias
Na cadência melódica e genital
Gozávamos todas as nossas impudicícias

A cada espasmo e ejaculação
Tecíamos no tempo presente
Uma teia complexa e latente
Que alguns batizam: paixão!

Sentia sua mão na minha genitália
Minha língua regava-lhe o mamilo
Sem pudor, sem noção e sem represália

Nossas loucuras eram abafadas pelo sigilo
Ocultávamos a nossa sofreguidão animália
Da prenoção exagerada de um povo-crocodilo.

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