quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Um dedo de prosa dentro da poesia

SONETOS ERÓTICOS


CANTO TERCEIRO


Reaparecia-me essa lembrança libidinosa
Sem que me revelasse àquela fisionomia
Perguntava-me: Quem era a Dama misteriosa?
Que juntos reinventávamos o termo orgia

O orgasmo vinha daquela nossa sinergia
Da vontade sudorípara e perigosa
Dos gritos “safado, puta e gostosa”
Do sorriso, do choro, do júbilo e da agonia

No chão, na cama, na rede, no mato
Não há espaço geográfico para o sexo
O desejo carnal não tem nexo

Não lhe cabe um controle exato
E cada um de nós é o reflexo
Do que fazemos naquele ato.

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