quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Um dedo de prosa dentro da poesia

SONETO FÚNEBRE A EDUARDO CAMPOS



Seus escritos são símbolos indeléveis
Impressos nas páginas invisíveis da memória
A sua voz exortava palavras balsâmicas
Incrustadas de uma sabedoria milenar

Todos os rastros tipografados em vida
Tornar-se-ão um relicário de inspiração
Para estirpes e estirpes que hão de vir
Embalados pelo seu entusiasmo singular

Na verdade, o “Manuelito” não morre
Quem morre somos nós a cada segundo
Na ausência do mestre tão estimado

Ficamos como defuntos rastejantes
Uma parte de nós será hoje enterrada
No ataúde esplendido de Eduardo!

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