terça-feira, 25 de setembro de 2007

UM ABOIO

O MEU GRITO DE ALERTA
O mundo é uma redoma invisível, onde estamos enjaulados e atrelados ao chão pelo campo gravitacional. Somos pássaros inócuos em uma gaiola com proporções planetárias, mesmo assim o mundo parece pequeno; parece nos espremer entre quatro paredes... Há uma sensação de claustrofobia ao mesmo tempo em que não conseguimos dominar e entender todas as arestas do globo. Diante de nossas retinas, tudo aparece agigantado. O mundo é um grande colosso completamente desconhecido, recôndito no que a gente mais ignora. Esse paradoxo dimensional do mundo deixa-nos confuso quanto as nossas limitações. Quando se tem uma visão atrofiada do mundo, nossas ações são miúdas por mais que haja uma intenção maior. O planeta Terra não se reduz ao quintal de minha casa ou a cerca elétrica do meu condomínio. As viseiras ilusórias devem ser extirpadas dos olhos de todos, já não há razão para acharmos que as coisas que acontecem no outro lado mundo não nos influenciam. Abracemos a teoria do caos, o efeito borboleta de um jeito benéfico, trazendo para si uma indagação: qual a minha responsabilidade nisso tudo? Não há fragmentação de atos a serem praticados, não se trata de fazer a sua parte, mas de fazer mais que o necessário! Se for necessário plantar mil árvores que se faça, porém não tenha a falsa impressão da sua parte foi feita. A nossa missão é perpétua, não existe a noção de dever cumprida, exceto com a morte.
Pensar um mundo pequeno acaba por provocar dentro da opinião pública a idéia de que se eu cuidar da minha casa, eu estarei fazendo a minha parte e poderei dormir sem remorso. As coisas não são tão fáceis assim, essa lógica terá que ser revista... Se o mundo é nosso, nada mais justo que todos nós o assumamos como de nossa responsabilidade. Mesmo que venhamos a dividir responsabilidades, cada um dos bilhões de ser humanos existentes responde solidariamente por tudo. A extinção ronda-nos como um fantasma a cada dia mais nítido, a vida está por um fio... e nesse momento não há culpados, mas sim responsáveis. Os recursos naturais estão ainda mais escassos, comprometendo assim a continuação de nossa espécie e de todas as demais. A convivência com sustentabilidade é a única forma de se barrar uma mortificação em massa, novas formas de reestruturar nossas áreas verdes, o replantio de espécies nativas concatenadas diretamente com seus respectivos ecossistemas, a redução drástica da emissão de poluentes e a desaceleração das indústrias poluidoras são alguns dos pontos que temos obrigação de implantar. Contribuindo assim com um mundo maior e menor ao mesmo tempo, desde que em ambos os mundos o ser humano possa viver dignamente

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